Até o final do ano, Santa Maria terá o montante de R$ 6,205 milhões para pagar a gratuidade de idosos no transporte coletivo. Essa verba foi prevista na PEC dos Benefícios, que foi aprovada pelo Congresso em julho e definiu benefícios sociais para amenizar o impacto da pandemia em vários setores. Em entrevista ao programa Bom Dia, Cidade, da Rádio CDN, o Secretário de Mobilidade Urbana, Orion Ponsi, explica que o recurso servirá como aporte para o município, que gasta cerca de R$ 500 mil mensais para ofertar a gratuidade dos idosos, que representam 10% de usuários do transporte coletivo. Até o mês de dezembro, R$ 1,5 milhão será usado para cobrir essa parcela, e o restante será poupado. Ponsi explica que a partir disso, será organizada uma dinâmica para a gestão desse valor, que deverá ser em partes, poupado, e reservado para o ano seguinte.
– Estamos fazendo toda essa matemática para verificar qual a melhor forma para a população que utiliza o transporte coletivo, para que a gente possa implementar e utilizar isso. (…) O restante, nós podemos utilizar sim para reduzir o valor de subsídio do município, guardando esse valor para que a gente tenha uma reserva para o próximo ano para manter a tarifa baixa.
A estratégia de economia também será usada nos outros municípios que foram contemplados pelo subsídio local. Ponsi ainda comenta que, devido à pandemia do Covid-19, o transporte público não é mais sustentável nos velhos modelos de gestão, ou seja, são necessários recursos que cubram esses valores. Ao ser questionado sobre a estimativa do valor necessário para o aporte financeiro no ano seguinte, ele explica:
– Uma coisa é certa: a população vai ter o seu direito garantido de uma tarifa módica, adequada ao custo de vida de Santa Maria. Mas nós ainda temos que calcular qual é o valor total agora, atualizado, da tarifa local, para que a gente possa fazer essas projeções também dos índices inflacionários médios, que podem ter repercussão no ano que vem.
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Para o próximo ano, o novo modelo de transporte coletivo, tecnológico e menos poluente, poderá encarecer de R$ 150 a R$ 200 mil no valor de cada veículo. O novo serviço será apresentado para a comunidade a partir do dia 4 de outubro, por meio de um cronograma que inclui reuniões com o Conselho Municipal de Transportes, reuniões comunitárias e audiências públicas.
– A nossa legislação é de 1972, não prevê o uso de novas tecnologias, que hoje são evidentes, então, temos algumas limitações em termos gerais. Se você tiver o cartão de crédito, você não consegue passar em uma roleta de transporte coletivo. Só se você tiver um cartão da empresa operadora, que você perde quase meia manhã para fazer uma recarga. Nós temos isso porque temos uma limitação por parte de investimento, na parte técnica, contratual e legal. É exatamente nisso que estamos trabalhando agora, além de qualificar o sistema de transportes, buscando um preço tarifado e projetando o transporte para os próximos 30 anos – reforça Ponsi.
Confira a entrevista completa:
Orion Ponsi, Secretário de Mobilidade Urbana, ao vivo na Rádio CDN.
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