Mudar o comportamento e contribuir para a redução do consumo de energia, essa é a orientação do governo tanto para as famílias, quanto para os setores público e privado. Por causa da crise energética, causada pela guerra entre Rússia e Ucrânia, Portugal publicou no Diário da República da última semana uma série de medidas – algumas de caráter obrigatório e outras como recomendação – para reduzir o consumo energético e estimular a transição para energias renováveis. As determinações vão desde os horários de acendimento de luzes até a indicação da temperatura dos espaços coletivos. Mesmo para a época de Natal, quando centenas de luzes atraem turistas em todo mundo – existem restrições de horários. O documento diz a “administração pública central e local deve ajustar os períodos de utilização da iluminação natalícia para o horário entre as 18h e as 24h de 6 de dezembro de 2022 a 6 de janeiro de 2023″. Luzes de vitrines devem ser desligadas quando as lojas são fechadas.
Existe um padrão de temperatura para a climatização de shoppings, por exemplo, onde a determinação é o máximo de 18º no inverno e o mínimo de 25º no verão. Aqui, é comum os bares e restaurantes organizarem esplanadas – mesas em espaços abertos – e no inverno colocarem aquecedores a gás. O documento orienta que este tipo de sistema de aquecimento fique desligado durante esse período de necessidade de redução de consumo energético. Para hotéis e complexos de lazer que ofereçam piscina térmica, também existe regra em relação à temperatura: diminuir dos 28º atuais para os 26º.
Há uma preocupação muito grande em relação ao inverno na Europa, porque no continente o período de frio é maior e mais intenso. Portugal é o quarto país da Europa em pior situação em relação à pobreza energética e ao conforto térmico das habitações, segundo dados da Eurostat. Um inquérito realizado em março deste ano pelo Portal da Construção Sustentável mostrou que apenas 1 a cada 10 portugueses vive em uma casa onde a temperatura é satisfatória. A questão é que as construções são antigas e não tem isolamento térmico adequado. Além disso, as baixas temperaturas que duram de novembro a março, estão sempre acompanhadas de muita umidade. O inverno europeu é chuvoso. Imagine Santa Maria no mês de agosto quando chove por uma semana e o teto da casa fica mofado!? Agora pense nisso por longos 5 meses! Então se o problema em Portugal já existe há muito tempo, se já era caro e complicado manter o calor dentro de casa nos dias mais frios, agora com restrições, aumento do custo e escassez da energia, a situação está ainda pior – uma preocupação para as famílias e também para os governantes.
Agudo e as delícias de morango
Foto: reprodução
Então vai começar a Festa do Moranguinho. Esse evento me traz lembranças literalmente deliciosas de Agudo. Nos quase 15 anos de trabalho em TV, acompanhei a festa por muitas vezes; aliás, fazíamos reportagens mesmo antes do evento: visitas às confeitarias que trabalham com a fruta desde a plantação, produção até o produto final. E que produto final! Torta de natas com morangos, cuca de morango… quase senti o sabor agora só de lembrar. Aqui em Portugal, encontramos morangos muito saborosos, mas os doces de morango da região central tem agregado ao sabor, uma pitada de saudade. Espero que os moradores da região e também do Rio Grande valorizem a festa, porque a cidade produz fruta de qualidade e merece esse reconhecimento. É uma oportunidade de comprar morangos diretamente com o produtor, provar os doces regionais e ainda passear por Agudo, um município de colonizadores alemães que eram provenientes da região da Pomerânia e chegaram em Cerro Chato em 1857. Uma boa festa a todos!
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