Rede estadual

Por 56 votos, professores decidem manter greve no Estado

Joyce Noronha

Em uma votação apertada na assembleia geral, na tarde desta sexta-feira, em Porto Alegre, os professores decidiram, por 838 a 782 votos, manter a greve na rede estadual de ensino, iniciada no dia 5 de setembro. A diferença foi de 56 votos e a votação ocorreu por depósito de cédula em urna.

O diretor do 2º Núcleo do Cpers/Sindicato, Rafael Torres, diz que os Comandos de Greve seguirão com as avaliações semanais do movimento. A primeira reunião do grupo deve acontecer nesta segunda-feira, de acordo com Torres.

– Agora que a decisão é seguir com a greve, temos que planejar bem os próximos passos e manter a mobilização. Há um desgaste, como qualquer movimento que dure tanto tempo, mas vamos fazer controle periódico do panorama – avalia o diretor do 2º Núcleo.

Período de matrículas da rede estadual vai até 30 de novembro

Sobre comentários de perda do ano letivo, Torres afirma que não há possibilidade de isto acontecer, por que o ano letivo é diferente do ano civil. O que pode, e vai ocorrer, conforme o professor, é que os meses de aula de 2017 sejam recuperados em 2018 e, possivelmente, atrasar o início do ano letivo seguinte. 

O diretor do núcleo reforça que as aulas serão recuperadas e diz que 80 dias de greve não significa a recuperação de 80 dias de aula, já que existem os finais de semana e feriados do período de paralisação,  que não são dias letivos. No último levantamento feito pelo Diário, 26 escolas de Santa Maria seguiam com a greve.

ESTADO
O titular da 8ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), José Luis Eggres, diz que o órgão recebeu a informação que, indiferentemente do resultado da assembleia, algumas escolas vão retomar as atividades letivas durante a semana.

Os professores ligados ao Cpers Sindicato decidiram, em assembleia realizada nesta tarde, manter a greve da categoria. Foram 838 votos pela manutenção da greve e 782 pedindo a suspensão da paralisação.
Foram 56 votos de diferença pela aprovação da continuidade da greveFoto: Eduardo Paganella / Agência RBS

Eggres acredita que o movimento dos professores perdeu força e que agora é o momento de pais, responsáveis e integrantes de conselhos escolares irem até os colégios para pedir o fim da greve.

– É uma minoria que segue com a greve. Os núcleos do Cpers já estão indicando que o melhor seria encerrar a paralisação, mas alguns poucos professores querem seguir. Então, digo que agora, mais do que nunca, é hora da comunidade escolar fazer uma apelo aos professores grevistas – sugere o coordenador.

Estado publica portaria para professores voluntários

A respeito do ano letivo de 2017, Eggres pontua que se a greve tivesse encerrado nesta sexta-feira, as aulas de recuperação iriam até março de 2018. Mas garante que não há possibilidade das escolas não concluírem os 200 dias letivos, ou 800 horas do Ensino Fundamental e mil horas do Ensino Médio, referente a este ano.


Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Morreu o militar aposentado Cascildo da Costa Anterior

Morreu o militar aposentado Cascildo da Costa

Próximo

Tenda da Kiss terá massagens a R$ 10 neste sábado 

Geral