Polícia prende pai que matou filha de 5 anos após ela fazer xixi no chão em MG

De acordo com o delegado responsável, Vinicius Zamó, Gabriele Ernesto, de 24 anos, contou em depoimento que estava em casa quando tudo aconteceu, mas dormia. Zamó comentou que ela disse que teria sido acordada pelo companheiro dizendo que tinha cometido uma estupidez. Ao chegar na sala, ela disse que o corpo da menina estava enrolado em um cobertor. Segundo o delegado ela acompanhou o homem até uma mata, na zona rural de Monte Santo de Minas. Lá o pai ateou fogo e escondeu o corpo da criança com galhos.

Zamó decidiu então pela prisão temporária da mulher pela participação em homicídio. A mulher foi levada ao Presídio de Guaranésia.

O crime

Conforme a polícia, Juliano se apresentou nesta terça-feira (17) espontaneamente perante a autoridade policial para admitir que após briga saiu da casa da companheira no dia 12 de janeiro e voltou para a casa dele acompanhado da filha. Viu então a criança urinar no chão por duas vezes e na terceira, deu um soco na menina, que caiu e bateu com a cabeça.

O homem contou que tentou reanimar a criança, mas viu que ela tinha morrido. Assim, pegou as roupas dela, embrulhou o corpo e pediu carona para uma pessoa não identificada, que o levou até próximo o local onde deixou o corpo. O homem indicou a localização aos policiais civis, e a equipe encontrou o corpo da criança em avançado estado de decomposição, abaixo de alguns galhos e folhas, parcialmente queimado.

O homem ainda disse para a polícia que foi para São Paulo, mas considerando que “sua consciência não permitiu”, retornou para Monte Santo de Minas, ligou para sua advogada e se apresentou à polícia. A primeira informação era de o que homem havia sido preso, mas ele foi liberado logo após o depoimento por não estar em estado de flagrância.

Na decisão que concedeu a prisão preventiva, o juiz Mateus Queiroz de Oliveira, de Monte Santo de Minas, diz que há indícios de que o homem tentou se esquivar da responsabilidade penal, ateando fogo no corpo da vítima e se apresentando cinco dias após o fato.

Guarda da criança

Segundo o delegado responsável pelo caso, desde o fim de dezembro de 2022, a menina teve a guarda repassada para o pai. O suspeito, de 21 anos, já tem passagens pela polícia desde os 13 anos e já cumpria pena por tráfico de drogas. A mãe da criança também tem passagens pela polícia e é usuária de drogas. Os restos mortais da criança foram encaminhados para o IML de Passos.

*Com informações do g1.