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Pesquisadores da UFSM vão monitorar impactos em área devastada em Agudo

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Foto: Valério Trebien (Divulgação)

Com o incêndio controlado, agora os esforços da prefeitura de Agudo são para contabilizar e analisar os impactos causados pela queima de cerca de 180 hectares de mata nativa durante cinco dias na localidade de Crema, a cerca de 23 quilômetros do centro da cidade. Para isso, a comunidade vai contar com o apoio de pesquisadores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).


De acordo com o professor Mauro Schumacher, do Departamento de Ciências Florestais e coordenador do Laboratório de Ecologia Florestal, a ideia é instalar no local equipamentos que permitam um monitoramento e diagnóstico dos impactos ambientais do incêndio para a fauna e flora. As chamas iniciaram na quarta-feira e apenas foram controladas no domingo, com a chuva. 

_ No local, havia árvores de mais de 200 anos. Tinha também muita vegetação rasteira que se perdeu. Algumas árvores foram totalmente queimadas, outras parcialmente. Com esse monitoramento, além de quantificar os impactos ecológicos, queremos ver como essas plantas vão se recuperar, como as sementes irão germinar e, assim, conseguir entender como podemos ajudar nesse processo _ explica Schumacher.

Semana terá chuva fraca e queda na temperatura

style="width: 50%; float: right;" data-filename="retriever">Nesta segunda-feira pela manhã, o pesquisador foi ao Cerro da Igreja acompanhado do prefeito para fazer uma análise inicial. Por lá, mesmo com a chuva que continuou caindo na manhã de hoje, ainda há troncos de árvores queimando. Conforme Schumacher, trata-se de um fenômeno chamado de incêndio subterrâneo, que é uma espécie de incêndio florestal que acontece embaixo das raízes das plantas, em locais de concentração de húmus (matéria orgânica depositada no solo, resultante da decomposição de animais e plantas mortas). As características do incêndio subterrâneo são a existência de uma maior concentração de combustível do que de oxigênio e a queima das chamas em brasas, dando origem a uma fumaça branca.

Além da mata nativa que foi devastada, fungos e animais como pássaros, insetos e roedores morreram com as chamas. Além disso, muito gás carbônico foi lançado para a atmosfera com a queima, o que pode prejudicar os animais que conseguiram sobreviver.

_ Outro impacto que nos deixa preocupado é em relação à erosão, já que é uma região de morro e, agora, há menos vegetação para conter possível deslizamentos por lá _ conta o professor.

A suspeita é que o incêndio tenha iniciado com a queima da palha de arroz em uma plantação próxima. Por causa da seca, as chamas teriam se espalhado rapidamente. Duas residências próximas ao local estavam sendo monitoradas. Foi preciso fazer uma ação de barreira de fogo controlado para que o incêndio não atingisse as propriedades. O grupo pretende fazer também uma série de atividades de prevenção, nas escolas e também produtores rurais do município, para conscientizar a respeito dos perigos das queimadas.

*Colaborou Janaína Wille

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