OPINIÃO: Precisamos falar sobre ISTs

Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) são as doenças transmitidas por meio do contato sexual. Podem ser causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. São disseminadas, principalmente, por meio do contato sexual, sem o uso do preservativo, com uma pessoa que esteja infectada. A transmissão pode acontecer, ainda, da mãe para a criança durante a gestação, o parto ou a amamentação. Poderá ocorrer, também, por meio de transfusão de sangue, compartilhamento de seringas e agulhas. 

Uma IST se manifesta, na maioria das vezes, por meio de feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas nos órgãos sexuais. Em 2016, a terminologia Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) passou a ser adotada em substituição à expressão Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) porque destaca a possibilidade de uma pessoa ter e transmitir uma infecção, mesmo sem sinais e sintomas. A Organização Mundial de Saúde estima que, no mundo, ocorra mais de um milhão de casos de ISTs por dia, sendo que o risco de se adquirir ou transmitir a infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) aumenta consideravelmente na presença de outra IST. Dados do Ministério da Saúde, apontam que, no ano de 2014, Santa Maria ocupava o 10º lugar no ranking nacional de casos de HIV/Aids. Já no ano de 2015, passamos para o 27º lugar. Buscando ampliar as ações de prevenção das ISTs, o município descentralizou a oferta dos testes rápidos para identificação de sífilis, Aids e hepatites virais nas Unidades Básicas de Saúde, favorecendo o diagnóstico e tratamento precoce. 

A Secretaria Municipal de Saúde informa que ocupamos o 71º lugar em casos de Aids no Brasil. Esse é um assunto que precisa ser abordado, não apenas pelos serviços e profissionais de saúde, mas por todos nós. A coordenadora da Política Municipal de HIV/Aids, enfermeira Patrícia Bueno, informa que estão implementando o fluxo da Profilaxia Pós-Exposição sexual consensual. Trata-se do tratamento com terapia antirretroviral por 28 dias para evitar a sobrevivência e a multiplicação do vírus HIV no organismo de uma pessoa que pode ter tido contato com o vírus da Aids por meio de uma relação sexual desprotegida. Os casos de violência sexual podem ser encaminhados diretamente para o PA do Hospital Universitário. A Casa Treze, que é o serviço especializado para tratamento ambulatorial de HIV/Aids e hepatites B e C, fica na Rua Riachuelo, 364, esquina com a Pinheiro Machado. Todo usuário com testagem positiva para HIV/Aids e/ou hepatites pode ser encaminhado pela Unidade de Saúde para iniciar com maior brevidade o seu tratamento. Para mais informações, o telefone é o (55) 3921-1263.

Importante: faça uso do preservativo, sempre! A Secretaria Municipal de Saúde distribui gratuitamente preservativos masculinos e femininos. O tratamento das pessoas com IST melhora a qualidade de vida e interrompe a cadeia de transmissão dessas infecções. O atendimento e o tratamento são gratuitos pelo SUS.