Algumas pessoas insistem em repetir que o Brasil começou em 2003, quando Lula assumiu como presidente, depois foi reeleito e fez Dilma sucessora – também reeleita –, num período de quase 14 anos do Partido dos Trabalhadores (PT) no comando da República. Esforçam-se, ainda, em reiterar que a corrupção iniciou com o mesmo PT. A história, porém, registra que o Brasil começou, oficialmente, em 1500 e, de lá para cá, muita gente governou o país antes da famosa frase dita aos quatro cantos pelos odiosos da sigla da estrela e do 13: ¿O PT quebrou o país¿.
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Depois dos militares, período em que a democracia perdeu de goleada, e de José Sarney, vieram os governos de Fernando Collor de Mello, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso. Para uma parcela da população, todos foram quase perfeitos nas suas gestões, tirando uma ¿mordida aqui, um confisco da poupança, um amigo de nome PC Farias¿, ¿um fusca e uma modelo sem calcinha na Sapucaí¿, ¿a venda das teles, o amigo Serjão e a compra de votos para a reeleição¿.
E tem, ainda, o Temer, ¿culpa do PT também¿, que está mais para o exterminador do futuro do patrimônio nacional. A elite brasileira, até hoje, não admite que um torneiro mecânico e retirante nordestino fez mais pelo povo brasileiro que um letrado ou representante das classes mais abastadas. Muita gente gastou e gasta até hoje um dinheiro federal para pagar as terapias e entender como um ¿sapo barbudo de nove dedos na mão¿ superou ¿meninos mimados¿ na condução do país.
E não é invenção nem devaneio. Basta pesquisar os arquivos dos jornais e sites, além de ter um pouco de boa vontade, respeito e dignidade com a própria história do Brasil.A mesma elite corre na esteira da mansão ou do apartamento com três suítes e só vai para a rua, com a babá empurrando o carrinho do filho, para derrubar uma presidente eleita pelo voto popular, enquanto oportunistas de plantão e com a ficha mais suja que pau de galinheiro, com o apoio de vendilhões do patrimônio público, usurpam o poder constituído de forma legítima.
Os eternos defensores da tradição, família e propriedade, que vez por outra sonegam impostos, enviam recursos irregulares para o exterior e colocam a boca no trombone contra os ¿esquerdistas malucos¿, escrevem para a seção do leitor dos jornais e não olham para a sujeira que lhes acompanha. Posam de ¿homens de bem¿ e ¿integrantes de associações ilibadas¿. No entanto, ignoram a sua própria realidade e exigem o poder pelo ¿status quo¿ adquirido de maneira não bem esclarecida. Enquanto isso, como canta Criolo, ¿meus meninos são o que você teceu em resistência ao mundo que Deus deu¿.
O rapper brasileiro e cantor de MPB nascido em São Paulo prossegue: ¿Pois quem não vive em verdade, meu bem, flutua¿. Os poderosos flutuam, longe da Justiça, leia-se Supremo Tribunal Federal (STF), principalmente. Aos desfavorecidos, resta ¿mastigar desilusão¿, apesar que ¿este abismo social requer atenção¿. Mesmo que a parceria fale em ¿foco, força e fé¿, é preciso gritar bem alto: ¿Meninos mimados não podem reger a nação¿. No ano que vem, eles voltarão, com a cara linda, falantes e cheios de propostas. Vão beijar criancinhas nas vilas e estarão vestidos com elegância. Tudo para conquistar os nossos votos. É possível que até hospital abra, salário seja pago em dia e buraco não exista mais.