Outro desafio para o leitor é não rir dos diálogos que permeiam boa parte das crônicas.
Procuro sempre facilitar a leitura, torná-la agradável. O dialogo é um meio de fazer isso. Tento fazer as pessoas se revelarem por meio do que falam, sem muita descrição ou ação explica o escritor.
O livro, que chegou no início do mês às li- vrarias, reúne crônicas publicadas nos jornais Zero Hora, O Globo e O Estado de S. Paulo, além da inédita Igualzinha, Igualzinha, que abre o volume fazendo uma reflexão sobre a primeira mentira que ouviu de uma mulher: Olha o aviãozinho! Ela querendo nos convencer de que o que tinha na mão não era uma colher com papinha, mas um avião. Um avião!, relembra o escritor para ilustrar a debochada tese de que, desde o início da vida, os homens são ludibriados pelas mulheres. São mais de 40 crônicas de vários momentos da carreira de
Verissimo.
Há, no livro, alguns textos que eu havia me esquecido por completo que havia escrito conta.
Mesmo exercendo ironia sobre suas personagens, o autor parece bem cotado entre as
leitoras.
Escrevo mais a favor das mulheres. Recebo críticas, mas também elogios. Então, acho que não as desagrado tanto avalia.
Escritor será tema de dois documentários
Fãs de Verissimo, em breve, poderão ficar mais próximos dele. Dois documentários sobre o escritor, que completará 80 anos em 2016, estão em andamento. Diretora de um deles, a gaúcha Luzimar Stricher o acompanha há dois anos. Já o fluminense Angelo Defanti planeja rodar o seu longa-metragem no próximo ano. Nenhum dos filmes têm data de estreia prevista.