Lançamento do projeto Tecendo Novos Saberes da UFSM conta com presença do ministro do Trabalho e Emprego

A sala da Incubadora Social, na Antiga Reitoria da Universidade Federal da Santa Maria (UFSM), esteve cheia nesta sexta-feira (12). A ocasião era o lançamento do projeto Tecendo Novos Saberes, do Núcleo de Estudos Afro Brasileiros e Indígenas (Neabi). Um dos presentes foi o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, junto a uma comitiva federal.

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O projeto tem investimento de R$ 3,2 milhões. A verba é do Ministério do Trabalho e Emprego por meio do edital programa Manuel Querino de Qualificação Social e Profissional (PMQ), o que justificou a vinda do ministro.

Impactos da profissionalização

Cerca de mil pessoas vão se beneficiar com cursos de qualificação profissional, principalmente aquelas que estão em situação de vulnerabilidade social, pessoas negras e indígenas. O ministro Marinho indica que, pela sua experiência, cursos como esses produzem resultados fantásticos. Ele complementa:  

– Eles irão iniciar em agosto, e a partir daí é possível ver o desenvolvimento. O curso cria condição efetiva de as pessoas se colocarem no mercado de trabalho. Essa é uma das versões da grade de possibilidades. Ela tem muita efetividade. Você faz o trabalho focado no território e nas demandas que a economia está pedindo, rapidamente você as coloca no mercado de trabalho. 

A partir do Tecendo Novos Saberes, participarão os santa-marienses, comunidades quilombolas da Quarta Colônia, Pelotas e Porto Alegre. Três cursos serão realizados: designer de moda afro, codificação e produção cultural. As aulas iniciam no final de agosto e seguirão por um ano.

 – Queremos fazer uma inserção qualificada dessas pessoas no mercado de trabalho. Consequentemente, aumentar a geração de renda delas  – comenta o coordenador de Desenvolvimento Regional e Cidadania da Pró-reitoria de Extensão da UFSM, Victor De Carli Lopes.

Reconstrução do RS
Além do Tecendo Novos Sabetes, a UFSM busca outra verba do Ministério do Trabalho. Dessa vez, para um projeto de reconstrução do Estado. Seriam R$ 4 milhões que ainda não foram liberados, logo, o projeto ainda não consegue sair do papel. 

Conforme Marinho, é o orçamento federal que está comprometendo o direcionamento da verba. Com isso,  a expectativa é que ele deva iniciar, o mais tardar, ano que vem. Ele problematiza: 

– A questão de executar o déficit fiscal zero cria uma limitação orçamentária. Os juros são outra limitação orçamentária, é preciso reduzir juros. Isso acontecendo, o orçamento fica melhor. É disso que nós dependemos. Ainda não sabemos se haverá mudança este ano ou não que vem. Mas o projeto está selecionado e garantido. Conforme o andamento das coisas, o projeto pode começar esse ano ou, o mais tardar, início do ano que vem. 

O projeto da Incubadora Social da UFSM tem como objetivo promover cursos ligados à Engenharia Civil como forma de contribuir que famílias possam reconstruir suas casas. 

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Agenda da comitiva 

Além dos assuntos com a instituição educacional federal, Marinho e sua comitiva têm agenda no Centro de Referência de Economia Solidária Dom Ivo Lorscheiter, nesta sexta-feira (12). Participarão da Feira Internacional do Cooperativismo e da Economia Solidária, no Centro de Referência de Economia Solidária Dom Ivo Lorscheiter. 

Ele será acompanhado do ministro-chefe da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta.