Júlio de Castilhos decreta situação de emergência devido à estiagem

Na manhã desta sexta-feira (23), a prefeitura de Júlio de Castilhos declarou situação de emergência no município devido à estiagem. A medida está disposta no Decreto Municipal N.º 7.526, assinado pelo prefeito Bernardo Quatrin Dalla Corte (PSDB). O documento mostra que a ausência de chuvas nos últimos meses desencadeou um quadro de estiagem, que está causando danos humanos (pessoas sem acesso à água potável para consumo), danos ambientais pela escassez e diminuição hídrica, baixa umidade do ar, aumento no número de queimadas e incêndios vegetais, além de prejuízos econômicos públicos e privados, principalmente na agricultura e pecuária — as matrizes econômicas do município.

O decreto informa que o município está disponibilizando todo o aparato para minimizar os efeitos da estiagem severa, bem como para assistência e socorro aos afetados; que o município já está fazendo entrega de água as comunidades atingidas, também realizando a perfuração de pequenos poços para reserva de água para trato animal.

O problema da estiagem

As cidades de Tupanciretã, São Gabriel, São Martinho da Serra e Agudo também decretaram estado de emergência devido à estiagem neste final de ano. Entre os anos de 2003 a 2021, foram realizadas 2.265 ocorrências de estiagem ou seca em todo o Estado, sendo que 93,4% dos municípios emitiram decretos de calamidade pública ou de situação de emergência, incluindo todos os 53 da coordenadoria de Santa Maria. Na análise dos últimos 5 anos, 1,9 milhão de gaúchos foram atingidos em todo o Rio Grande do Sul, sendo 21,8% dos municípios centrais. O período de maior concentração foi observado entre os meses de janeiro e abril, justamente os meses de verão, que possuem menor precipitação. 

Região Central está entre as mais afetadas do Estado pela estiagem e seca em 19 anos