“Mistura que dá certo”. O slogan da edição especial da Sambarilove, no sábado, 17, fez jus ao evento que reuniu, pela primeira vez, os públicos de duas tradicionais festas de Santa Maria, a “Sambari” e a Sunset Sessions, no Parque Oásis, em Itaara. Ao longo do dia, diferentes tribos e gerações se encontraram durante o penúltimo dia da programação do “Natal Mágico” do Oásis. O evento começou às 14h30min e seguiu até às 3h da madrugada. A atração principal foi o show da banda de forró Falamansa, de São Paulo, que se apresentou pela primeira vez na região central do Estado.
Para quem queria a música eletrônica da Sunset pode conferir os sets dos DJs Ursound, Mezomo e Bergesch no Espaço Sambari by Sunset Sessions. Já o encanto natalino esteve presente no pocket show “Onde a Magia Renasce”, no Espaço Três Marias, ao lado do lago dos pedalinhos e do presépio. Conforme o organizador da festa, Bruno Souza, de 28 anos, a Sambarilove é uma festa democrática que alcança várias pessoas:
— Nós estamos fazendo um teste, mas acreditamos muito na festa porque ela é um evento capaz de fazer essa mistura de públicos. É uma parceria que vai dar muito certo.
A arquiteta Fernanda Andrade Ugalde, 30 anos, chegou no Parque às 16h para curtir os DJs da Sunset. Ela mora em São Paulo atualmente, mas viu a divulgação do evento e decidiu participar, já que irá passar o recesso de fim de ano em Santa Maria, com a família:
— O espaço é enorme e o som está muito bom. Eu vinha aqui no parque na infância, então recordar isso é muito legal. As festas já são conhecidas, eu frequentava muito antes da pandemia, então estou adorando essa junção com o Oásis.
Públicos
A nostalgia que cerca a reabertura do Parque Oásis depois de 19 anos ainda faz parte da atmosfera do local. Ao lado dos jovens, público fiel da Sunset Sessions e da Samabrilove, estavam as famílias e crianças presentes desde a reabertura, no dia 3 de dezembro. Eles aproveitaram as atrações fixas do parque, como a visita à Cidade do Passado, os passeios de trenzinho e pedalinho, além do Espaço Kids e dos famosos dinossauros. O agropecuarista Rodrigo Boligon, 38 anos, foi cedo da tarde a Itaara com a esposa e os três filhos. Eles não ficaram para o grande show da noite, mas as crianças se divertiram com a chegada do Papai Noel.
— Na década de 90 eu lembro de vir ao Parque com a escola e hoje venho com a família. Passa um filme na cabeça daquele tempo, é muito gratificante. É interessante para a região ter esse momento do Natal, que é de união e alegria, mas que estava sendo deixado de lado, com pessoas somente indo em shoppings. Aqui tem muitas atrações ao ar livre, na natureza, é ótimo — fala Rodrigo.
Xote daqui e de lá
Quem esquentou o palco para o show principal foi a banda santa-mariense Milho Verde. O grupo de forró de São Paulo subiu no palco às 22h15 e manteve o público animado até às 00h. O grupo emendou um sucesso atrás do outro. Logo no início, os Xotes – dos Milagres e da Alegria – fizeram todo mundo dançar e cantar junto. Também teve espaço para lançamentos recentes, de aventuras do grupo em novos ritmos. Aloha, com Natiruts, apresentado pela primeira vez ao vivo pelo grupo e Cangaceira, com Iza, tiveram seus clipes passando ao fundo do palco no telão.
Próximo ao fim do show, Falamansa convidou os integrantes da Milho Verde para retornarem ao palco. Juntos, cantaram “Oh, Chuva” para delírio do público. Para Yuri ML, vocalista da banda santa-mariense, o momento foi totalmente inesperado:
— Eles são uma referência pra nós. Nós tocamos muito Falamansa, mas, obviamente, tiramos do repertório da nossa apresentação. Foi uma diversão total, eles foram muito humildes. Foi maravilhoso, um baita encontro.
Em rápida conversa com o Diário no camarim, após o show, Tato conta que uma das metas da banda era, justamente, se apresentar na região central do Rio Grande do Sul:
— Olhávamos para o mapa e víamos o meio do estado de vocês ainda faltando. Então conseguimos realizar esse objetivo. É muito gratificante para uma banda de 24 anos ter novas realizações. Principalmente quando você vê que as pessoas também esperavam por isso e absorveram bem a nossa música. Esperamos voltar o mais rápido possível.
Ele contou que foi possível perceber também o quão importante o Parque Oásis é para a região e para as pessoas presentes.
— Todo mundo falou sobre a reabertura e as memórias que o lugar traz. A Falamansa é uma banda que, nas suas letras, fala muito de motivação, de superação, fé, alegria e tudo isso a gente encontrou aqui hoje. Então todos os organizadores e aquele que sonharam que isso pudesse se tornar real estão de parabéns. Tenho certeza que é o começo de algo muito maior — finaliza tato.
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