EmFrente, Mulher: empresas tem até 31 de março para solicitar selo da iniciativa

Lenon de Paula

EmFrente, Mulher: empresas tem até 31 de março para solicitar selo da iniciativa
Solenidade realizada no Palácio da Justiça, foi instituída pela Lei Estadual 15.916/2022, e regulamentada em decreto assinado pelo governador Eduardo Leite. Foto: MPRS (Divulgação)

O selo EmFrente, Mulher, uma iniciativa do Comitê Interinstitucional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher, integrado por órgãos do Executivo, do Ministério Público, do Judiciário e da sociedade civil do Rio Grande do Sul, foi lançado oficialmente nesta quarta-feira (15). Serão certificadas empresas privadas que adotem posturas em favor da valorização da mulher e do enfrentamento a esse tipo de violência. 

O prazo para solicitar o selo vai até 31 de março, e a análise caberá à Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH). A divulgação da lista com as empresas aptas a receber a certificação ocorrerá no início de agosto. O selo tem validade de dois anos e é renovável. As inscrições serão abertas anualmente, sempre no mês de março.

Na cerimônia de lançamento, o titular da SJCDH, Mateus Wesp, assinou uma instrução normativa que regulamenta o selo, ou seja, regula o procedimento do credenciamento das empresas que se habilitam. Wesp endossou a necessidade de haver políticas de equidade no ambiente empresarial. 

– Este dia é extremamente importante pois estamos unindo esforços em uma grande causa. O selo é base fundamental para as políticas públicas que amparam, dão suporte e ajudam na prevenção da violência contra mulher – afirmou. 

Instituído pela Lei Estadual 15.916, de dezembro do ano passado, o selo é uma certificação de responsabilidade social que será concedida às empresas que mantenham ações contínuas de promoção da equidade de gênero no ambiente corporativo e de enfrentamento da violência contra as mulheres.

Durante a cerimônia de lançamento, o governador Eduardo Leite assinou o decreto que regulamenta o selo. Leite falou sobre a importância de iniciativas que envolvam diferentes setores na busca por equidade:

– Devemos ter participação efetiva dos espaços que ocupamos e isso inclui as lideranças empresariais. Esse selo torna-se poderoso a partir do momento em que une a disposição e o exemplo das empresas e passa a contagiar outras e a fazer com que os consumidores observem e exijam essas boas práticas. Assim começamos a mudar a cultura, a partir de um hábito coletivo. – disse o governador. 

Comitê

O Comitê Interinstitucional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher – EmFrente, Mulher, criado pelo Decreto Estadual 55.430, de 7 de agosto de 2020, tem como objetivo fortalecer a rede de proteção e apoio às mulheres em situação de violência e a promoção da equidade de gênero por meio de políticas transversais e integradas. 

O diretor-executivo do programa RS Seguro e responsável pela coordenação do comitê, delegado Antônio Padilha, destacou o trabalho de colaboração para a criação do selo. 

– Essa entrega foi construída a partir de um grande envolvimento de muitas pessoas de diversas áreas e Poderes. Nada se faz sozinho e essas pessoas trabalharam por um objetivo comum, sabendo que juntos conseguiremos resultados melhores – afirmou. 

Como solicitar

Qualquer empresa situada no Rio Grande do Sul que apresente regularidade fiscal e trabalhista pode requerer o selo. A solicitação ocorre no site emfrentemulher.rs.gov.br, onde devem ser anexadas as certidões necessárias e os documentos que comprovem as ações e programas de valorização e fortalecimento dos direitos das mulheres.  

– O combate à violência de gênero só será pleno quando a iniciativa privada também estiver engajada na causa – salientou a promotora de Justiça Priscilla Leite Pereira, de Dom Pedrito, que liderou o projeto de implementação do selo. 

Ela explicou que o selo é uma certificação para as empresa públicas e privadas de todos os tamanhos que tenham ações contínuas de valorização da mulher e de enfrentamento da violência. 

– Os critérios para a certificação dizem respeito aos programas executados pela empresa, incluindo iniciativas como a criação de canais de acolhimento e escuta para as vítimas de violência doméstica, práticas contra o assédio no ambiente de trabalho e igualdade de salários e oportunidades – observou.

Governo propõe a criação de selo para valorizar empresas que combatem a violência contra a mulher

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