data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)
Ao lado do presidente do Conselho de Comunicação do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), desembargador Antônio Vinicius Amaro da Silveira, o juiz Orlando Faccini Neto concedeu, nesta quinta-feria, coletiva sobre o julgamento do Caso Kiss que começa na próxima quarta, 1º de dezembro. A ocasião também foi para apresentar a estrutura do plenário que já está pronta no segundo andar do Foro Central I em Porto Alegre.
Número de assentos no plenário do júri da Kiss é ampliado
Por cerca de 50 minutos, as perguntas da imprensa, representada por cerca de 30 jornalistas do Estado e do país, foram esclarecidas. Entre as dúvidas, a ordem dos depoimentos, o sorteio dos jurados e possibilidade de o júri ser interrompido ou de não ocorrer. O encontro encerrou por volta das 16h.
- A preocupação central é preservar a serenidade e a manutenção da integridade dos jurados, que decidirão a causa. Qualquer problema plausível de resolução para que o júri comece e termine, eu tentarei resolver com todas as forças - pontuou Faccini.
Além do plenário, nos dias do júri, serão disponibilizadas quatro salas de transmissão virtual ao público que acompanhará o julgamento, e uma sala de apoio à imprensa.
Relatos da Kiss: enfermeira acompanhou de perto o sofrimento de familiares e amigos das vítimas
Designado como magistrado desde março deste ano, Faccini reconhece ser esse um dos júris mais emblemáticos da carreira. Contudo, reiterou repetidas vezes que a participação dos jurados é crucial e a mais frágil ao longo do julgamento.
O magistrado também compartilhou que Ao longo do caso, chegou a se reunir duas vezes com o Ministério da Justiça sugerindo um projeto de lei para criar/ denominar " júris de alta complexidade", o que acabou não acontecendo.
- Esse é o julgamento que qualquer legislador jamais preveria quando foi estabelecido o Tribunal do Júri na década de 40 - mencionou o magistrado
CASO KISS
O incêndio ocorreu em 27 de janeiro de 2013, em Santa Maria. Morreram 242 pessoas e outras 636 ficaram feridas. O julgamento do processo foi transferido para a Comarca da Capital, por decisão da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Inicialmente, o desaforamento (transferência de local) foi concedido a três dos quatro réus - Elissandro Spohr, Mauro Hoffmann e Marcelo de Jesus. Luciano Bonilha Leão foi o único que não manifestou interesse na troca (o julgamento chegou a ser marcado em Santa Maria) mas, após o pedido do Ministério Público, o TJRS determinou que ele se juntasse aos demais.