Em clima de despedida da sua atual gestão, o Grupo Diário recebeu neste sábado (16) o Cônsul Geral da Itália em Porto Alegre, Roberto Bortot. A visita na sede do jornal foi conduzida pelo médico e apresentador do programa Espaço Saúde, da Rádio CDN 93.5 FM, Renor Beltrami. O empresário Paulo Costabeber também estava presente.
Desde 2018, Bornot mora em Porto Alegre com a esposa gaúcha Helena Ferrary Rocha de Bitencourt e o filho Daniel. Após um período sem visitar Santa Maria devido à pandemia, ele trouxe questões relevantes para a comunidade italiana do Rio Grande do Sul e do Brasil. Ele afirma que a presença da comunidade italiana no Estado é impressionante, principalmente pela paixão e interesse na cultura italiana.
Um dos principais projetos destacados pelo Cônsul é trabalhar a possibilidade de inserir a língua italiana na grade curricular das escolas públicas. Ele afirma que esse é um pedido frequente, juntamente da necessidade de oferecer um curso que forme professores fluentes em italiano.
O “Turismo das Raízes” também ganhou destaque na conversa, visto que muitos sonham com a oportunidade de conhecer o país e a região dos seus antepassados. O projeto do Consulado Italiano oferece suporte para quem deseja realizar essa vontade, oferecendo o benefício de custo reduzido nos gastos da viagem.– A pessoa pode encontrar parentes que não conhecia, descobrir suas raízes de origem, encontrar o prédio do seu bisavô… É um movimento enorme entre Brasil e Itália graças a isso, já que em 2021, 10 milhões de pessoas foram até a Itália com a ajuda deste programa.
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Durante os quatro anos de trabalho em frente ao Consulado Italiano, visitou diversas Universidades espalhadas pelo Sul, conhecendo os reitores de cada instituição e seus respectivos campus.– A UFSM tem um potencial enorme. Em Roma, existe a cidade universitária, que foi onde me formei, chamada La Sapienza. Mas, fiquei surpreso porque quando comparado com Santa Maria, é apenas um bairro.
A agenda dos últimos dois meses à frente do Consulado Italiano está repleta de compromissos, focando em agilizar projetos em andamento e trabalhando com prefeituras e entidades. Segundo ele, a organização na reta final é necessária para que o substituto siga realizando um bom trabalho. Ele fica no Sul até o último dia de mandato, e logo depois, volta para a Itália, onde irá trabalhar no Ministério do Exterior. Apesar da saudade da cidade natal, ele revela que será difícil deixar o Brasil, e principalmente, o Rio Grande do Sul.
– Toda vez que viajo, acabo descobrindo ainda mais coisas do Estado. Eu precisaria ficar mais uns 10 anos para conhecer bem toda a comunidade que vive aqui, é fantástico.
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