Dois mil moradores estão sem água há quase quatro dias em Santiago

A Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) estima que dois mil clientes estão sem água há quase quatro dias em Santiago, na Região Central. O número de pessoas afetadas deve aumentar ainda mais. Uma adutora que faz a distribuição da água para os bairros foi bloqueada por uma bolha de ar entre sexta-feira e sábado.

Estão sem água moradores dos bairros Monsenhor Assis, Ana Bonato, São Vicente, Alto da Boa Vista e João Goulart.

Moradores de Santiago podem enfrentar falta de água

Conforme o administrador da Corsan em Santiago, Joel Jung Bonfim, na sexta, para atender a um cronograma de obras, foi necessário interromper completamente o fornecimento por 12h. A 1ª fase do trabalho previa a ligação da rede antiga com a rede nova.

– Para esse trabalho, a gente precisou fechar toda a cidade. O sistema ficou desabastecido por 12h para a primeira intervenção. Com isso, crio uma bolha de ar em uma rede virgem, onde não há ligação de água. Ela só distribui – explica.

– O que aconteceu: quando voltamos a alimentar o sistema, não passou a água para determinados bairros por conta dessa bolha de ar.

No sábado, quando o fornecimento seria restabelecido, a água voltou para alguns clientes, mas para a maior parte deles não. A Corsan descobriu que essa bolha de ar havia se formado dentro da adutora e que água não passava por ali.

Ainda no sábado, os profissionais da companhia trabalharam com a abertura e fechamento de registros, o que poderia desobstruir a rede. Como isso não aconteceu, a situação se estende até esta segunda-feira, quando uma retroescavadeira foi ao local para perfurar a rede, o que deve desobstruir a adutora e o fornecimento de água será completamente normalizado. A nova precisão é que isso aconteça até às 16h.

Câmara de Vereadores fará audiência pública

Está marcada para começar às 10h desta segunda uma audiência pública na Câmara de Vereadores de Santiago para tratar do fornecimento de água tratada em Santiago. O motivo, conforme a diretoria, são "recorrentes reclamações de munícipes no que tange à prestação dos serviços da Corsan".