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Foto: Anselmo Cunha (Especial)
O aumento no risco de contágio da Covid-19 e o salto no número de internações em leitos de UTI, fez com que o governo Estadual endurecesse as medidas de prevenção ao coronavírus. A classificação de todas as regiões em bandeira preta no modelo de distanciamento controlado levou todos os setores a se adequarem às novas medidas de restrição. E o ramo da alimentação é um dos que mais vêm sofrendo, nas últimas semanas, com as medidas de segurança.
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No sábado, houve queixas de que alguns restaurantes estariam funcionando fora das regras da bandeira preta. No início da tarde de domingo, 13 restaurantes foram visitados pela reportagem do Diário, que encontrou sete deles de portas fechadas. Dos seis estabelecimentos que estavam em funcionamento, dois estavam seguindo práticas que não são permitidas na bandeira preta.
Um deles foi uma churrascaria, que estava atendendo com o serviço de bufê, onde os clientes poderiam escolher os alimentos, enquanto um funcionário servia o marmitex. O responsável pelo local explicou que pensava estar seguindo as medidas exigidas e confessou não saber que os bufês estavam proibidos. A reportagem não registrou filas e nem clientes fazendo refeições no local.
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Outro restaurante funcionava com serviço de bufê e a reportagem ainda flagrou um cliente fazendo autosserviço e outro almoçando no local, o que foge a todas as regras da bandeira preta. Fitas limitavam o acesso dos clientes ao bufê, e um funcionário estava disponível para servir os marmitex. A gerente do restaurante disse que opera desta forma, porque acredita que "não existe diferença entre servir o marmitex na cozinha e no salão do restaurante".
A prefeitura, por meio da Fiscalização Municipal Integrada, garante que já notificou esses estabelecimentos anteriormente. Além disso, "há registro de visitas da fiscalização a esses estabelecimentos em fevereiro, mas no dia e no horário em que os agentes estiveram nos locais, tudo estava de acordo com as normas". Até a última quinta-feira, 9 restaurantes foram notificados e foram gerados 7 autos de infração. Na madrugada de domingo, foram verificados 11 bares e restaurantes, sendo que um foi notificado por descumprimento do horário e por não possuir alvará.
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Foto: Anselmo Cunha (Especial)
Funcionário de restaurante que opera dentro das regras, repassa pedidos com o entregador, Alexandre Dezen
Nos demais estabelecimentos abertos visitados pela equipe de reportagem, não foram registradas irregularidades. Todos cumpriam as medidas de distanciamento e demais protocolos sanitários exigidos.
A proprietária de um destes locais garante que, mesmo com a crise, desde o início da pandemia, a empresa está incansável em cumprir todos os decretos:
_ Não vamos aguentar muito tempo assim, só com entregas, mas prezamos por seguir atendendo de maneira correta perante a lei e, também, para garantir a saúde dos nossos clientes.
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OPORTUNIDADE
Enquanto restaurantes e lancherias lidam com os impactos do vai e vem das restrições e horários de funcionamento, o setor de entregas vive bons momentos. Alexandre Dezen, 37 anos, largou o emprego fixo onde trabalhava há uma década para conseguir cumprir com o aumento de 90% nas corridas de moto, desde o início da pandemia.
- Eu trabalhava com moda masculina há dez anos e comprei a moto para fazer um extra no fim do mês. No fim das contas, a demanda de entregas ficou tão grande do ano passado para cá que, atualmente, posso trabalhar só com isso - conta.
COMO DENUNCIAR
- Telefone - 153
- WhatsApp - (55) 99271-8122, (55) 99167-4728 e (55) 99167-8452