"Se você não está preparado, a tendência é que seja um segundo afogado", alerta comandante sobre cuidados em situação de afogamento

Foto: Beto Albert

Na barragem do DNOS, Wagner Quartieri Cristino morreu após se afogar, na sexta (1º)

Com o aumento das temperaturas, é natural que as pessoas procurem um local para se refrescar e, nesta época, os balneários, clubes, rios e as barragens acabam sendo alvo dos banhistas. No entanto, algumas recomendações devem ser seguidas para evitar riscos de afogamentos, como foi o caso de dois jovens da região. Um deles, de 22 anos, morreu no sábado (3), em uma sanga, em São Gabriel, enquanto o outro se afogou em uma barragem, em Santa Maria, na sexta-feira (1°).

Na manhã desta segunda-feira (4), o programa Bom Dia, Cidade! contou com a participação do comandante do Pelotão de Bombeiro Militar de Restinga Sêca, Evandro Leal. Além da formação na área, ele também atua como instrutor aquático e destacou a importância de evitar locais que não são assistidos por guarda-vidas. Da mesma forma, explicou que a Operação Verão só terá início na metade de dezembro, contemplando os balneários da região.

+ Entre no canal do Diário no WhatsApp e confira as principais notícias do dia

Não agir de forma precipitada

Ao ser questionado sobre como se comportar ao presenciar uma situação de afogamento, Leal ressalta a necessidade de manter a calma. Além disso, ele explica que um dos principais erros em tais momentos acontece quando alguém, movido pelo instinto, tenta ajudar a pessoa que está se afogando. Se a pessoa não for treinada para salvar pessoas, não é recomendado que tome esse tipo de atitude.

– É preciso manter a razão, pois o tempo que a pessoa pode ser salva enquanto submersa é muito curto. Se você não está preparado para fazer um salvamento aquático, a tendência é que seja um segundo afogado – alertou, o comandante.

Nestes casos, ao se tratar de uma pessoa sem instruções, a recomendação é jogar um objeto flutuante para que o afogado possa boiar na água. Se for possível, o objeto pode ser amarrado em uma corda, facilitando o retorno da pessoa à margem, sendo puxada por alguém que esteja na superfície. Outras técnicas como alcançar um galho de árvore também são consideradas.


Força além do normal

Durante o afogamento, a pessoa passa por duas fases, de acordo com Leal. A primeira consiste no susto. Já a segunda, é o pânico, que pode aumentar conforme o tempo for passando. Nesses momentos, o comandante conta que a força da pessoa acaba crescendo em função do desespero.

– Quando a pessoa está em situação de agonia, de autopreservação, o próprio cérebro já tira esse limite de autocuidado, com a fibra muscular ou com a questão fisiológica, e faz a força máxima. Então, ela fica muito mais forte, é natural, é do instinto da pessoa – contou.

Novamente, o instrutor aquático recomenda que não é correto ir até quem está se afogando se não for apto a tal atividade. A principal justificativa é a possível dificuldade para sair de situações como essa após alcançar o afogado.

– É muito perigoso abordar uma pessoa em situação de afogamento, porque a tendência é que ela segure no que estiver se aproximando e não solte mais.

Outro alerta realizado diz respeito ao cuidado com as crianças. De acordo com especialistas, o afogamento é a principal causa de morte entre crianças de um a quatro anos. Sendo assim, é preciso estar atento a movimentações dos pequenos, não os deixando sozinhos em locais com água.

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

imagem Antonio Oliveira

POR

Antonio Oliveira

antonio.oliveira@diariosm.com.br

Morre Sérgio Furtado Cabreira, paleontólogo referência na descoberta de fósseis na Quarta Colônia Anterior

Morre Sérgio Furtado Cabreira, paleontólogo referência na descoberta de fósseis na Quarta Colônia

DetranRS realiza  leilões de veículos e sucatas após suspensão causada por enchentes Próximo

DetranRS realiza leilões de veículos e sucatas após suspensão causada por enchentes

Geral