júri da kiss

De propaganda de livro a presença de um dos criminalistas mais renomados: veja bastidores do júri da Kiss

Para além do que é transmitido nos canais do Diário e ao vivo no TJ, os bastidores do júri do Caso Kiss guardam curiosidades. Desde gestos de solidariedade a momentos de comoção, ou até mesmo flagrantes inusitados, a reportagem do Diário tem acompanhado tudo que acontece no Foro Central I de Porto Alegre, onde acontece o julgamento. 

LEIA TAMBÉM
'Avisaram minha mãe que não tinha o que fazer, pediram para ela rezar', lembra sobrevivente
FOTOS: um resumo do quarto dia de júri da Kiss em imagens
'Muita gente morreu sem saber o que estava acontecendo', diz sobrevivente
'Fomos tratados como bandidos', diz primeiro proprietário da Kiss sobre indiciamento

ABSTENÇÃO
No primeiro dia, no depoimento de Kelen Ferreira, uma sobrevivente, nenhuma defesa fez perguntas a ela. Os representantes dos quatro réus agradeceram e abriram mão dos questionamentos. Depois, ela disse que não aceita a solidariedade das defesas.


SAUDADE
Quase nove anos depois de perder a filha Fernanda na tragédia, Jorge Luis Brandão Malheiros ainda tem a foto da menina como proteção de tela no celular. Ele foi de Ijuí a Porto Alegre para acompanhar o júri

INDIRETA
O tempo de intervalo de almoço motivou um debate entre Jader Marques, um dos avogados, de Elissandro Spohr, e o juiz, Orlando Faccini Neto. O magistrado chegou a sugerir que o advogado levasse a própria marmita 

INFLUÊNCIA DAS REDES
O funcionário de uma empresa de extintores, chamado como testemunha pelo Ministério Público, passou à condição de informante. Isso significa que o depoimento dele tem um peso diferente, na hora dos jurados tomarem a decisão. O pedido foi motivado pela de Mauro Hoffmann por causa de um post no Twitter da filha do informante, cerca de 10 minutos antes do depoimento começar, manifestando opinião pessoal 

REPERCUSSÃO
Kelen Ferreira, sobrevivente cuja foto estampou a capa do Diário no primeiro dia de júri, leu a edição que recebeu na sexta-feira 

OS ACUSADOS
Os dois réus que eram da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo e Luciano, costumam conversar em alguns intervalos entre um depoimento e outro. Na sexta-feira, falavam e olhavam algum conteúdo no celular de uma das advogadas. Mauro e Elissandro, que eram sócios, foram vistos conversando, porém, não na mesma frequência que os ex-integrantes da banda. Neste domingo, os ex-sócios da boate trocaram de lugar nos bancos dos réus 

MARKETING
Antonio Prestes do Nascimento, um dos advogados da defesa de Luciano Bonilha Leão, é visto, todos os dias, lendo o próprio livro "33 ano de júri, 33 causos" dentro do tribunal. Ele também já foi visto chegando ao Foro Central com o livro na mão, fora da pasta onde carrega outros pertencer. Como o livro aparece na transmissão, acabou ganhando repercussão: por volta das 11h de domingo, o título da obra alcançou um pico de buscas no Google, todas feitas no Rio Grande do Sul 

REFERÊNCIA
Na assistência de acusação, está Amadeu Weinmann, um dos criminalistas mais antigos e mais conhecidos do país. Aos 86 anos, ele participa do júri de manhã até a noite. O traje é peculiar: terno, gravata, camisa social e tênis de corrida.

Em um dos casos mais emblemáticos da história do judiciário gaúcho, o caso Daudt, Amadeu foi assistente de acusação. Na época, o médico e deputado Antônio Carlos Dexheimer foi acusado de matar o deputado e colega de partido, na época PMDB, o jornalista José Daudt.

O crime, foi dois anos antes do julgamento, em 1988. O julgamento durou três dias, em 1990, e foi o primeiro na história do país a ser transmitido ao vivo por emissoras de rádio e de TV. O acusado foi absolvido e ninguém foi responsabilizado pelo caso. Em um breve intervalo no júri da Kiss, Weinmann falou sobre o caso: "não tem nem comparação (ao caso Daudt). Aqui, foram 242 pessoas mortas e quase nove anos em que a justiça ficou calada".

PAIS
Adherbal Ferreira, pai de Jeneffer, uma das vítimas, chegou no sábado para acompanhar presencialmente o júri no final de semana. Ele, que foi o primeiro presidente da Associação dos Familiares e Sobreviventes de Vítimas da Tragédia de Santa Maria (AVTSM) - de 2013 a 2015 - chegou com a foto da filha pregada no bolso esquerdo da camisa, como costumava fazer nas atividades da Associação.  O ex e o atual presidente da AVTSM acompanharam juntos o quarto dia de julgamento. Adherbal Ferreira e Flávio Silva conversaram na plateia.

CADEIRA GAMER
Na sexta-feira, na internet e redes sociais do Diário, foi veiculada uma matéria sobre alguns detalhes do juiz Orlando Faccini Neto, presidente do júri. Entre eles, o uso de uma cadeira gamer que ele trouxe de casa. No Facebook do Diário, a matéria chegou a tanta gente que o próprio montador da cadeira comentou: "Eu tive o prazer de montar essa cadeira para esse magistrado".

data-filename="retriever" style="width: 100%;">


Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Cerca de 30 pessoas já foram atendidas por ambulatório desde o inicio do júri do Caso Kiss Anterior

Cerca de 30 pessoas já foram atendidas por ambulatório desde o inicio do júri do Caso Kiss

Próximo

Ex e atual presidente da AVTSM se encontram em Porto Alegre e falam sobre o júri

Geral