De olho na saúde bucal dos pequenos

Naiele

De olho na saúde bucal dos pequenos
Quem não se derrete ao presenciar o sorriso de uma criança? Parece que uma mágica quando os pequenos compartilham a sua alegria através de um belo sorriso ou das gostosas gargalhadas mesmo que ainda não tenham dentinhos.

Manter a saúde bucal estado de perfeição pode ser um tremendo desafio. Para isso, é fundamental ter cuidados com dentição desde os primeiros meses de vida. A falta de cuidado com os dentes pode acarretar muitos problemas futuros para os pequenos. Por isso, é tão importante que os adultos façam o acompanhamento com eles desde cedo.

A cirurgiã-dentista especialista em odontopediatria, Maria Paula Kalhbeck, explica que os pais podem agendar uma consulta para os filhos desde os primeiros dias de vida.

– É importante uma análise o quanto antes. Eu mesma tenho pacientes com dois, três dias dia de vida. Isso porque algumas crianças precisam passar por procedimentos logo após o nascimento, como são os casos de cirurgia para corrigir frênulo curto (língua presa) ou para tratar da forma mais adequada dentes neonatais (crianças que nascem com dente em boca) – destaca a profissional.

Segundo ela, além destes casos excepcionais, entidades como a Sociedade Brasileira de Odontopediatria, preconizam que a primeira consulta ocorra nos primeiros seis meses de vida mesmo que a criança não tenha dentes ainda.

– As crianças que consultam odontopediatra ainda no primeiro ano de vida tem uma chance diminuída de ter cárie no futuro – afirma a odontopediatra.

Maria Paula destaca ainda que, tristemente o problema bucal mais comum na infância ainda é a cárie. Uma doença evitável com adequadas orientações e uma alimentação saudável.

Além disso, ela salienta que existem os problemas oclusos que vão muito além dos dentes tortos.

– São problemas, principalmente, na relação do tamanho dos dentes com o tamanho dos ossos maxila e mandíbula. Problemas oclusos que podem ocasionar transtornos respiratórios e de motricidade oral – comenta a doutora.

Ela alerta ainda quanto a infeções que atingem a cavidade oral e que é recorrente em muitas crianças como a gengivoestomatite e a doença mão-pé-boca.

– O suporte de especialista em odontopediatria traz mais conforto para quem está passando por esses processos infecciosos – complementa.

HIGIENIZAÇÃO CORRETA

Outro ponto importante é na hora da higienização. A quantidade de pasta e a escova correta são fundamentais. A escova precisa ter um tamanho compatível com a boca da criança.

– São vários modelos disponíveis no mercado. No entanto, os pais não devem usar escova de silicone, dedeira ou aquelas 360°. Essas são comprovadamente ineficazes para higiene dos dentes. A quantidade de pasta é um ‘sujinho’ do tamanho de um tufo da escova. Lembrando que, desde o primeiro dente, a pasta sempre deve ser com flúor – explica a especialista em odontopediatra.

PREVENÇÃO DE DOENÇAS

A prevenção sempre é o melhor remédio. São simples passos que garantem um sorriso saudável aos pequenos. O primeiro deles é contar sempre com um odontopediatra devidamente cadastrado junto ao Conselho de Odontologia. Somente esse profissional pode fazer um adequado diagnóstico e orientações quanto aos cuidados de saúde bucal na primeira infância.

Depois disso, é importante que os pais não ofereçam açúcar até o bebê completar dois anos. Também é importante evitar que as crianças consumam produtos ultraprocessados. Para completar, um cuidado fundamental é com a higiene dos dispositivos que vão à boca, como escovas de dente, canudos, copos ou bicos artificiais.

SEM MEDO DO DENTISTA

Não são raros os casos de crianças que têm medo de dentistas. Cabe aos pais desmistificar esse processo e sempre enfatizar aos pequenos o quão alegre e divertido pode ser uma consulta.

A dra Maria Paula Kalhbeck tem algumas sugestões para evitar medos ou experiências desagradáveis.

– A primeira dica aos pais é: vão ao dentista, levem os filhos para vê-los no dentista, usem fio-dental e escovem os dentes. Antes de seguir qualquer conselho, os filhos seguem o que os pais fazem. Segunda dica é: não ameaçar com dentista, pois a criança tem que entender a consulta como algo bom. A sugestão seguinte é: leve a um odontopediatra o mais cedo possível, quanto mais cedo forem, mais natural será para o teu filho o ambiente do consultório odontológico. E, por fim, escolha um profissional da tua confiança, que atue de acordo com o que faz sentido para a tua família – indica a profissional.

– O é meu principal objetivo na vida profissional, é ter uma geração de crianças sem medo de dentista. Para isso, o ambiente do consultório de odontopediatria é leve, calmo, sem pressa, com a proposta de que a criança tem a sensação de estar em casa – complementa.

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