Prenveção

Combate ao Aedes Egypti começa em casa

Silvana de Castro

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É nos pátios das moradias que deve ser travada a principal batalha deste verão: o combate ao mosquito Aedes aegypti. Na manhã de ontem, o Diário circulou por bairros de Santa Maria e encontrou vários potenciais criadouros do inseto. Como o mosquito existe em 75% da cidade, Santa Maria é considerada infestada pelo Aedes.

Santa Maria terá Dia D contra Aedes aegypti

Pátios com garrafas sem tampa, pneus abandonados, latas de tinta vazias e abertas não são raridade. Recipientes como esses são ideais para a proliferação do inseto, pois acumulam água da chuva. E é na água parada que as fêmeas depositam seus ovos. Também há depósitos de lixo a céu aberto, onde os moradores descartam eletrodomésticos, garrafas e móveis.

Água parada no chafariz da Praça Saldanha Marinho preocupa moradores

Para acabar com situações como essas, a Vigilância em Saúde aposta na informação. Na manhã de ontem, o Comitê Municipal de Combate ao Aedes Aegypti de Santa Maria apresentou o Núcleo de Informação. O objetivo é fazer com que dicas sobre como evitar criadouros cheguem às casas dos santa-marienses. O município irá convidar os moradores para que dediquem 10 minutos por semana à eliminação de potenciais focos do mosquito. A ideia é criar um checklist da prevenção, para que as pessoas possam ir marcando os procedimentos já executados.

– As pessoas precisam se conscientizar de que só vamos acabar com o Aedes se todos colaborarem. E as medidas são bem simples – comenta a superintendente de Vigilância em Saúde, Selena Michel.

Revisão constante

Sempre atento às informações sobre dengue, zika vírus e a febre chikungunya, as doenças transmitidas pelo Aedes, o servente de obra Eli Petzold, 57 anos, não deixa o mosquito se criar em sua residência, no bairro Medianeira. Os vasos das cerca de 50 plantas têm areia e são furados – os que não eram, ele perfurou com prego.  E os baldes que armazenam a água da chuva usada para regar as flores estão sempre cobertos.

Mick, o cachorro da família, bebe sempre água fresca em seu potinho porque Petzold a troca com frequência, justamente para não dar tempo para o inseto colocar ovos ali.

– Estou sempre ouvindo notícias sobre essas doenças, elas são bem perigosas. Reviso tudo todo dia aqui em casa – conta.
Em 2015, o município teve três casos de dengue, todos importados. Não há registros de Zika vírus e Febre Chikungunya.

Vasos nos cemitérios acumulam água e larvas



No Cemitério Ecumênico Municipal, vasos de plantas são os inimigos da saúde pública. Para piorar a situação, muitos est"

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