Charge com crítica ao Tribunal de Justiça do Estado é colocada na fachada da Kiss

Gabriel Marques

Charge com crítica ao Tribunal de Justiça do Estado é colocada na fachada da Kiss

Uma faixa feita pelo chargista Carlos Latuff foi colocada na frente da Boate Kiss, na Rua dos Andradas, na tarde desta terça-feira. A charge com teor de crítica ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ/RS) foi pendurada por familiares das vítimas.

A charge tem os dizeres “Concedo a liberdade aos réus!”, com a figura de um juiz prestes a martelar uma mulher ajoelhada diante de uma lápide. Os familiares vestiam camisetas brancas com a mesma charge. Nas costas estava escrito “jamais nos curvaremos para tirania de toga“.

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O ex-presidente da AVTSM, Flávio Silva, comentou o motivo da manifestação feita pela associação:

– O julgamento que acabou anulando o júri fez com que nós tomássemos algumas providências. Viemos aqui hoje como sinal de protesto contra o julgamento da Primeira Câmara que anulou o júri. Foi um desrespeito contra o tribunal do júri. Inclusive, as justificativas usadas pelas defesas não motivaram o relator a votar pela nulidade. Queremos mostrar que estamos mais dispostos e mais fortes do que antes.

Carlos Latuff, autor da charge, se pronunciou a respeito da ilustração:

– Desde a tragédia, em 2013, eu venho me solidarizando com as famílias e seu sofrimento através das charges. Cada ano que passa, cada decisão judicial, faz parecer interminável a via crucis das famílias – disse.

A atitude dos familiares se dá por conta da anulação do júri do Caso Kiss, pela 1ª Câmara Criminal do TJ/RS, no dia 3 de agosto. Como resultado, os quatro réus Elissandro Callegaro Spohr, Mauro Hoffmann, Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Bonilha Leão tiveram a soltura concedida pela Justiça.

Elissandro havia sido condenado a 22 anos e seis meses de prisão. Mauro, a 19 anos e seis meses. Os dois cumpriam as penas na Penitenciária Estadual de Canoas. Luciano e Marcelo haviam sido sentenciados a 18 anos de prisão. Os dois cumpriam a pena no Presídio Estadual de São Vicente do Sul. Eles respondem por 242 homicídios e 636 tentativas de homicídio por dolo eventual. Os quatro estavam presos desde 15 de dezembro.

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