Samu

Até sexta-feira, uma nova ambulância para Santa Maria

Jaiana Garcia

A situação das ambulâncias do Serviço Móvel de Urgência (Samu) de Santa Maria foi pauta de uma reunião nesta quarta-feira, na secretaria de Saúde do município. De acordo com a secretária, Vânia Olivo, medidas emergenciais serão tomadas para melhorar o serviço na cidade. Além da ambulância que estava parada há mais de um ano no pátio da secretaria, e que foi liberada pela secretaria estadual de Saúde para o uso de emergência, a prefeitura solicitou ao Governo do Estado o empréstimo de uma outra ambulância reserva.

Nesta sexta-feira, de acordo com a secretária, o veículo liberado pelo Estado começa a atuar nas ruas. Ele será incluído no convênio com a Associação Franciscana de Assistência à Saúde (Sefas), que administra o Samu.

— Vamos adicionar mais um veículo no contrato e, se preciso, vamos pagar mais para a associação para mantê-lo. Mesmo que seja de reserva, tem custos com manutenção — afirma.

O executivo também deve encaminhar ao Ministério da Saúde um pedido de substituição da frota antiga de ambulâncias. Conforme Vânia Olivo, 28 municípios estão na fila pleiteando novos veículos, portanto a troca deve acontecer a longo prazo.

A secretária admitiu que a fiscalização dos relatórios de manutenção das ambulâncias apresentados pela Sefas não foi eficiente e prometeu que será rigorosa neste sentido. Um plano de recuperação e manutenção das ambulâncias será negociado com a diretora-presidente da associação, Irmã Ubaldina Souza e Silva.

— Nós precisamos trabalhar mais unidos (município e Sefas). Não pensamos em romper o convênio, vamos esgotar todas as possibilidades de negociação antes — observa Vânia.

A Sefas é responsável pela administração das quatro ambulâncias do Samu em Santa Maria, desde 2011. Por mês, a associação recebe R$ 178 mil para manter o serviço.

Motoristas pedem melhores condições de trabalho

Outro assunto colocado em discussão durante o encontro foi o relato de motoristas das ambulâncias sobre a manutenção dos veículos e as condições de trabalho. Os profissionais sinalizaram a possibilidade de paralisar as atividades devido a falta de manutenção dos veículos e os salários não compatíveis com a categoria.

De acordo com eles, além de receberem o piso salarial abaixo do praticado, eles não têm horário de almoço e não recebem vale-refeição ou ajuda de custo. Nos turnos de 12h, os condutores podem usar o refeitório da Casa de Saúde, mas pagam um valor de R$ 7 pela comida. Além disso, os condutores são filiados ao Sindicato da Saúde, mas reivindicam que sejam vinculados ao Sindicato dos Condutores de Veículos Rodoviários de Santa Maria (Sitracover) para que recebam o piso da categoria, que é de R$ 1.639,06 mais R$ 120 de auxílio alimentação. Atualmente, o salário dos condutores das ambulâncias é de R$ 1.265,00 sem nenhum benefício extra.

— Motorista é uma categoria diferenciada, mas a Irmã entende que eles devem ser da saúde. Nós não concordamos — afirma o presidente do Sitracover.

Uma nova reunião está marcada para esta quinta-feira, às 14h, na sede da Sefas, junto à Casa de Saúde, com a diretora-presidente e os motoristas.

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