Foto: Projeto Bate-Papo Astronômico (Divulgação)
O amanhecer desta quarta-feira (11) em Santa Maria foi marcado, mais uma vez, pela presença do sol em um tom avermelhado. O registro foi feito pelo projeto Bate-Papo Astronômico, apenas com o auxílio de um telescópio refrator e câmera do celular, sem filtros. O efeito é uma das consequências do avanço da fumaça dos incêndios que atingem diversos estados brasileiros e regiões de países vizinhos como Bolívia e Paraguai.
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Neste caso, a fumaça atua como uma espécie de filtro natural, deixando passar apenas as frequências mais baixas do espectro de luz visível. Com isso, todos os objetos celestes, como planetas, estrelas, asteroides, meteoroides, cometas e satélites naturais, ficam com esse tom vermelho/alaranjado.
Conforme Fabrício Colvero, diretor-executivo do projeto, o fenômeno é semelhante ao que ocorre normalmente ao nascer ou por do sol, quando as partículas de vapor filtram a luz. Ele também explica as manchas que aparecem sob sol:
— Na foto, também é possível perceber a presença de diversas manchas solares, que são regiões mais frias e com campo magnético muito forte, onde costumam ocorrer as explosões solares. O Sol possui um ciclo de atividade máxima que se repete a aproximadamente 11 anos e, neste momento, estamos vivenciando este ciclo, mas é algo totalmente natural.
Alerta
Apesar da coloração vermelha atrair os olhares e fotos, o projeto esclarece que é perigoso olhar para o Sol sem filtros adequados, e o uso de equipamentos óticos, como binóculos e telescópios.
— Sem os devidos cuidados, pode causar danos instantâneos e permanentes à visão. Nem toda a luz visível está passando, mas a incidência de ultravioleta ainda pode ser muito alta, causando queimadura permanente na retina — alerta Colvero.
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