Base Aérea de Santa Maria vai receber aeronave israelense para substituir Vant que caiu durante as enchentes

Base Aérea de Santa Maria vai receber aeronave israelense para substituir Vant que caiu durante as enchentes

Foto: FAB (Divulgação)

A Força Aérea Brasileira (FAB) adquiriu uma nova aeronave remotamente pilotada, após a perda de um Vant (veículo aéreo não tripulado) durante uma operação de resgate no Rio Grande do Sul, no início deste ano. A compra, no valor de R$ 50 milhões, será alocada na Base Aérea de Santa Maria.


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A aeronave RQ-900 será alocado ao 1º/12º Grupo de Aviação (GAV) — Esquadrão Hórus, com sede na Base Aérea de Santa Maria (BASM), no Rio Grande do Sul. Este será o quarto drone do tipo adquirido pela FAB. A aeronave deverá ser registrada com o número FAB 7813. O FAB 7810, Vant que caiu durante as enchentes, chegou ao Brasil em 2014 e desempenhou um papel crucial em diversas missões, incluindo a Copa do Mundo FIFA. Sua mais recente operação ocorreu durante a missão de resgate da Operação Taquari II, onde foi perdido após sofrer uma falha de comunicação via satélite. A aeronave caiu em uma área desabitada no Rio Grande do Sul, após ter participado de ações de busca e resgate de vítimas.


Ampliação da frota

O novo RQ-900 foi adquirido da empresa AEL Sistemas, parte do grupo israelense Elbit, que já havia fornecido os drones anteriores. Em 2021, a FAB firmou uma parceria com a AEL Sistemas para a compra de duas aeronaves remotamente pilotadas. Na época, o Comandante de Operações Aeroespaciais e Comandante de Preparo, Tenente-Brigadeiro do Ar Sérgio Roberto de Almeida, assinou o contrato com o Presidente da AEL, Gal Lazar, com o objetivo de reforçar a capacidade operacional da FAB nas áreas de inteligência, vigilância e reconhecimento (IVR).

Segundo o Tenente-Brigadeiro Almeida, a ampliação da frota ARP (Aeronaves Remotamente Pilotadas) foi um avanço significativo para a FAB, que, até então, operava os VANT como “prova de conceito”. Com a nova aquisição, o esquadrão passa a ter capacidade de substituir aeronaves durante o voo, o que prolonga o tempo de operação e aumentando a eficiência das missões.


Tecnologia e operacionalidade

O Hermes 900 é uma ARP de grande porte, com autonomia de voo de mais de 30 horas e capacidade de operar em altitudes superiores a 9 mil metros. Equipado com sensores avançados e sistema de comunicação via satélite, o drone pode ser usado em missões complexas, como o combate a incêndios florestais (sobretudo a identificação de desmatamentos na Amazônia Legal), o monitoramento de fronteiras e o apoio a missões de busca e resgate.

Anteriormente, as limitações de linha de visada restringiam o alcance das operações, mas, com o uso de satélites, essa barreira foi superada, permitindo à FAB uma cobertura muito mais ampla do território nacional.

– A nova aquisição está virando a página dos VANT no Brasil, transformando um conceito em uma capacidade operacional real. Agora, com três aeronaves, o esquadrão poderá executar missões muito mais complexas – afirmou Gal Lazar, presidente da AEL Sistemas, ao comentar a importância do contrato para o setor de inteligência e defesa do país.


*Com informações da FAB

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