Esta terça-feira é a data prevista para a retomada das atividades presenciais da Educação Infantil e 1º e 2º anos do Ensino Fundamental na rede municipal. O Sindicato dos Professores Municipais de Santa Maria (Sinprosm), contudo, definiu por uma greve ambiental – em que as atividades são mantidas apenas de modo remoto. Segundo o sindicato, 65% do magistério aderiram à mobilização.
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O dado é relativo ao número de matrículas de professores e não ao total de grevistas. Há educadores que utilizam mais de uma matricula por lecionar em mais de uma escola. Porém, o estimado pelo Sinprosm é de que 52 das 80 escolas municipais não vão ter atividades presenciais nesta terça-feira. Isso representa 64% das instituições de ensino do município.
Há, ainda, escolas que estão em obras ou não tiveram seu plano de contingência aprovado, o que impossibilita a reabertura. Os docentes destas escolas não estão contabilizados no percentual de adesão.
A assembleia que determinou a greve ocorreu em 10 de maio, depois que a proposta de calendário foi apresentado à categoria. A demanda dos profissionais é pela não retomada do ensino presencial, autorizado pelo governo estadual, sem a vacinação de trabalhadores da educação.
– Ouvimos relatos preocupantes de escolas sem a estrutura necessária e professores amedrontados em voltar em meio a essa situação, onde os números estão longe de serem tranquilos – argumenta a coordenadora de Comunicação e Formação Sindical do Sinprosm, Celma Pietczak.
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O restante do calendário municipal prevê a retomada de outros anos ainda para maio. Na próxima quinta-feira, voltam para as escolas que tiveram atividades as turmas de 3º, 4º e 5º anos do Ensino Fundamental. As aulas presenciais do 6º ao 9º ano e EJA estão previstas para semana que vem, em 24 de maio.
Segundo a secretária municipal de Educação, Lúcia Madruga, a aquisição de materiais para o processo de retorno presencial teve início ainda no ano passado. O entendimento é que a retomada não seja totalmente impactada por essa greve.
O retorno é facultativo e escalonado de modo que não haja lotação de alunos nas escolas. Desde o final de fevereiro, a prefeitura disponibilizou um formulário online para que os responsáveis preenchessem o interesse de retomada ou não do ensino presencial.
VACINAÇÃOUma das demandas dos professores, a nível municipal e estadual, é a retomada somente depois da vacinação de trabalhadores das escolas. Recentemente, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) e o Conselho das Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) decidiram que os municípios poderiam usar doses que sobraram dos grupos de comorbidades para a educação. Entretanto, o Estado recuou na decisão depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) proibir a vacinação de professores no município gaúcho de Esteio. Na região, Restinga Sêca e Cruz Alta chegaram a aplicar doses em professores.