16 mil imóveis de Santa Maria passarão a ter coleta de esgoto neste ano

Deni Zolin

16 mil imóveis de Santa Maria passarão a ter coleta de esgoto neste ano

Foto: Nathália Schneider (Diário)

A partir deste ano, mais 16 mil imóveis, entre casas, apartamentos e empresas, passarão a contar com o serviço de coleta e tratamento de esgoto em Santa Maria. Isso inclui os 11 mil clientes de toda a região de Camobi, onde as obras de esgoto iniciaram em 2013, além de bairros como Dom Antônio Reis, Tomazzetti, Residencial Lopes e Parque Pinheiro Machado, onde a instalação de canalização está sendo concluída para cerca de 5,2 mil imóveis. Com isso, entre julho e dezembro, esses moradores e empresários começarão a ser notificados pela Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) para ligar suas casas, prédios e empresas à rede de esgoto.

Por passarem a contar com o novo serviço, pagarão mais caro na conta de água. E quem se negar a ligar acabará pagando mais ainda, pois a legislação prevê punição a quem tem coleta de esgoto disponível, mas não interliga seu imóvel à rede. Porém, esses prazos dependem da conclusão das obras previstas e ainda pode haver algum atraso.

Segundo o superintendente regional da Corsan, José Epstein, com a conclusão desses investimentos que totalizam mais de R$ 126 milhões e a ligação desses 16 mil clientes à rede de esgoto, o percentual de tratamento na cidade passará dos atuais 64% para mais de 80%.

– A média hoje de consumo na cidade é de 8 metros cúbicos de água, o que, com a tarifa básica, dá uma conta de R$ 85 aproximadamente. Como a taxa de coleta e tratamento de esgoto custa cerca de 70% do valor do metro cúbico de água, para quem passar a ter o serviço de esgoto, o valor da conta vai passar, em média, de R$ 85 para R$ 120. Mas lembrando, será uma cobrança por conta de um benefício ao usuário, que contará com esse novo serviço – afirma.

A previsão é de que os primeiros moradores dessas regiões sejam notificados a partir de julho, quando deve estar concluída a ampliação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da Vila Lorenzi, ao custo de R$ 38 milhões e a instalação das redes coletoras nas ruas.

– Quem ligar seu imóvel à rede de esgoto na rua ainda no primeiro mês após a notificação terá seis meses de isenção de taxa de esgoto. Quem ligar no segundo mês após ser notificado, terá 3 meses de isenção, e se ligar depois de 60 dias, deixa de ter isenção e já paga pelo serviço de esgoto no mês seguinte – diz o superintendente da Corsan.

Isso é uma forma de incentivar a população a fazer a ligação da rede. Mas o que acontece com quem se negar a ligar a rede de sua casa ou empresa à tubulação de esgoto da Corsan? Segundo Epstein, nesse caso a legislação prevê uma espécie punição: passa a ser cobrada, na conta mensal de água, uma taxa por disponibilidade do serviço de esgoto que é ainda mais cara, em que os recursos vão para um fundo de saneamento para ser reinvestido pela Corsan em obras ou para abater na tarifa dos demais usuários. Ou seja, quem não fizer a ligação na rede da Corsan acaba pagando ainda mais caro na conta.

Relembrando: em Camobi, os canos de esgoto já foram instalados há alguns anos nas ruas, mas os moradores ainda não podem fazer a ligação de suas casas a essa rede porque não há para onde levar esses dejetos. Agora, a Corsan está concluindo as obras do emissário, que é uma tubulação maior que levará todo o esgoto de Camobi até a estação de tratamento na Vila Lorenzi. A própria estação está em fase final de conclusão das obras de duplicação de capacidade, o que deve ficar pronto até julho. Só então a Corsan terá condições de enviar e tratar o esgoto de Camobi e dessas outras regiões, podendo notificar os moradores a fazer as ligações de suas casas à rede.

Investimentos na reta final

Além de redes de esgoto instaladas nas ruas, a Corsan construiu estações elevatórias de bombeamento, emissários (tubulação maior que envia o esgoto da região até a estação de tratamento) e duplicação da capacidade dessa estação para tratar o esgoto. Os investimentos que devem ser concluídos até julho

Emissário Camobi Etapa 1 + estações de bombeamento do esgoto – R$ 15,5 milhões

Emissário Camobi Etapa 2 – R$ 4,6 milhões

Estação de bombeamento de Camobi – R$ 3 milhões

Recuperação da ETE antiga – R$ 4,8 milhões

Ampliação da ETE da Lorenzi – R$ 38 milhões

Redes de esgoto de Camobi – R$ 37 milhões

Redes de esgoto no Dom Antônio Reis, Tomazzetti, Residencial Lopes, Parque Pinheiro e entorno – R$ 23,2 milhões

Total – R$ 126 milhões

O patrimônio da Corsan em Santa Maria que deve ser entregue a grupo paulista

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