A tristeza do policial militar aposentado Volmor Santor é perceptível mesmo pelo telefone. Na manhã desta quinta-feira, o dono do cachorro que foi queimado vivo em Santa Maria estava preocupado e indignado com a situação em que se encontra Bud, seu companheiro.
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Ele era o nosso guarda. Ficava solto no pátio, correndo, brincando... O terreno é bem grande, então ele tinha bastante espaço para ficar. O Bud é meu único cachorro, meu companheiro, e estamos torcendo para que ele consiga se recuperar o mais rápido possível disse Santos.
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Conforme o policial, ele e sete irmãos moram no mesmo terreno, na Rua Ernesto Alves, no bairro Passo D'Areia, local onde atearam fogo ao corpo de Bud, na terça-feira à noite. No dia seguinte, Santos registrou um boletim de ocorrência sobre o caso na Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento (DPPA) e diz que a família está disposta a auxiliar nas investigações.
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Eu ligo a toda hora para a clínica onde ele está. Quero saber como ele está. É difícil saber quem foi, mas fico triste em saber que uma pessoa fez isso afirmou Santos.
Bud está em estado estável aguardando cirurgia
Até a manhã desta quinta-feira, Bud ainda não tinha passado pela cirurgia que irá amputar seu pênis. Como o animal estava copulando no momento em que foi queimado, órgão ficou bastante exposto e não poderá ser recuperado. De acordo com a clínica veterinária que está prestando atendimento ao cão, Beleza Animal, o procedimento pode levar até 15 dias para ser realizado por conta do estado de saúde e da recuperação de Bud.
Ele amanheceu melhor. A urina já está mais estável também. Fizemos a coleta de pelos para identificar o produto que foi utilizado para atear fogo nele. Ele está começando a querer comer, também. Acreditamos que os analgésicos estão fazendo efeito. Mas ele ainda está muito debilitado e corre riscos, porque não sabemos como ele vai reagir ao tratamento explica a funcionária da pet shop Heline D'Ávila.
Clínica precisa de doações
Ontem, ficamos até umas 22h atendendo o telefone para doações. Muitas pessoas estão nos procurando para ajudar no tratamento do Bud. Recebemos doações de Minas Gerais, Espírito Santo, Pará e até do Canadá. O nosso pedido é para que quem não tiver como fazer doações em dinheiro, mas ainda assim queira ajudar, doe materiais para que façamos os curativos conta Heline.
Quem quiser ajudar de alguma forma, pode ir até a clínica (Avenida Presidente Vargas, 715), ou depositar o valor na agência 1484-2, conta 300667, Banco do Brasil.
* Colaborou Michelli Taborda