“Nós precisamos valorizar nosso chão, nossas pessoas e, principalmente, as nossas tradições”, reforça Sanny Figueiredo, candidata ao Senado, em entrevista à CDN

Vitória Parise

“Nós precisamos valorizar nosso chão, nossas pessoas e, principalmente, as nossas tradições”, reforça Sanny Figueiredo, candidata ao Senado, em entrevista à CDN
A série de entrevistas com postulantes ao Senado pelo Rio Grande do Sul segue nesta segunda-feira (19), com a participação do candidata do PSB, Sanny Figueiredo. Ela substitui Airto Ferronato, do PSB, que desistiu da candidatura. Durante a sabatina, para o programa CDN Entrevista, da Rádio CDN, Sanny abordou temas como a valorização do povo gaúcho, políticas públicas e a importância de contar com recursos para investir nas regiões.

Quando questionada sobre propostas para Santa Maria e Região Central, a candidata ressalta que, seu mandato contempla o Estado como um todo, sem separar por regiões. A partir desse ponto, ela fala sobre a agricultura familiar e a importância da tecnologia atrelada à ciência. Sanny também menciona as micro e pequenas empresas, grande responsável pela geração de empregos e de renda no Rio Grande do Sul. De acordo com ela, esses seriam alguns dos setores que receberiam investimentos, mas mostra preocupação em relação as dívidas do Estado.

– Seguimos com a intenção de estarmos trabalhando a rediscussão deste acordo que foi feito com a União, pautando a renegociação desta dívida, para que nós possamos estar contribuindo de forma concreta, dentro das aquisições de um senado federal, para dentro do estado do Rio Grande do Sul. (…) Para termos condições de gerar, de fato, os investimentos necessários para as regiões  – explica.

Após mencionar a dívida atrelada ao Regime de Recuperação Fiscal, Sanny é questionada sobre o papel desempenhado por um candidato à frente deste assunto tão recorrente nas eleições deste ano. Ela reforça o dever de contestar a dívida e critica a forma que o último acordo foi feito, já que a limitação do teto de gastos impede que novos investimentos sejam feitos.

–  Nós entendemos que o Estado do Rio Grande do Sul precisa, e deve, ser priorizado quando há essas negociações, e não a União, que na realidade não produz nada, ela cobra. (…) Até porque, para poder investir dentro de todas as questões que vem sendo prometidas, como segurança pública, educação, saúde, moradia digna, não temos como fazer se continuarmos presos a esse acordo de regime fiscal na forma que foi feito. (…) Nós vamos acabar virando território da Federação, onde iremos sofrer essa intervenção da União, perdendo a autonomia sob as nossas riquezas e a nossa produção. Nós precisamos valorizar nosso chão, nossas pessoas e, principalmente, as nossas tradições.

Também foi questionado à candidata quais as propostas para o fortalecimento das políticas públicas para mulheres e representatividade das minorias no Congresso Nacional. Neste ano, o Fundo Eleitoral aprovou uma resolução que trata da contagem em dobro dos votos dados a mulheres e pessoas negras para a Câmara dos Deputados. Ela reforça a importância destas políticas, necessárias para a mudança deste cenário.

–  Eu sou a primeira mulher negra a ser candidata ao Senado no Estado do Rio Grande do Sul, e isso não é à toa. O sistema, da forma com que ele foi constituído, não foi moldado para mulheres, muito menos para mulheres negras. (…) Defendo, sim, a ampliação e atualizações das políticas afirmativas, para que elas de fato sejam uma política de Estado, e não de governo. Precisamos atualizar e modernizar o perfil dessas políticas, e assim criar quadros e construir as ferramentas necessárias para que elas possam ser aplicadas  – reforça.

Quem é Sanny Figueiredo

Sanny Figueiredo, 43 anos, é natural de Esteio, na Região Metropolitana de Porto Alegre. A candidata é formada em Processos Gerenciais, pós-graduanda em Inteligência de Mercado e é ativista do Movimento Negro Unificado do RS (MNU/RS), do Grupo de Ações Afirmativas Afrodescendentes (GAAA). Em 2015, foi responsável pela organização da 1° Marcha Regional das Mulheres Negras de Esteio.

Série de entrevistas

A CDN deu início na terça-feira, 23 de agosto a uma série de entrevistas com os nove candidatos ao Senado. Durante o programa CDN Entrevista, os postulantes para a única vaga são sabatinados sobre as propostas para Santa Maria e região e terão a oportunidade de se apresentar à comunidade. Os candidatos estão sendo convidados em ordem alfebética.

Leia mais:

“Minha dedicação ao municipalismo me fez fazer emendas que aumentaram os recursos para a receita de Santa Maria e de toda a região”, afirma Ana Amélia Lemos“Santa Maria é uma cidade universitária, mas nós temos que resgatar os valores do civismo, do conhecimento”, diz Comandante Nádia“A nossa população está passando por uma das maiores crises sanitárias e financeiras do último período histórico” afirma Fabiana Sanguiné“Existe uma série de medidas específicas (…) para Santa Maria, todas voltadas para o aumento da produtividade”, afirma Hamilton Mourão“Quero ser a senadora do municipalismo, quero estar junto das comunidades”, diz Maristela Zanotto“Precisamos de fato de políticas de Estado, e não políticas de governo”, diz Ronaldo Teixeira, candidato ao Senado, em entrevista à CDN

Candidatos

Ana Amélia Lemos (PSD) – quinta, 25 de agosto, às 14h20minComandante Nádia (Progressistas) – terça, 30 de agosto, às 14h20minFabiana Sanguiné (PSTU) – terça, 6 de setembro, às 15h20minHamilton Mourão (Republicanos) – quinta, 8 de setembro – 15h20minMaristela Zanotto (PSC) – segunda, 12 de setembro – 14h20minRonaldo Teixeira (Avante) – quinta, 15 de setembro – 14h20minSanny Figueiredo (PSB) – segunda, 19 de setembro – 14h20minPaulo Roberto da Rosa (DC) – terça, 20 de setembro – 14h20minOlívio Dutra (PT) – quinta, 22 de setembro – 15h

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