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VÍDEO: mestranda da UFSM cria eletricidade usando papel, grafite e vapor de água

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)

Uma mente brilhante. É assim que podemos descrever a mestranda em Química da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Kelly Schneider Moreira, de 22 anos. A estudante desenvolve uma pesquisa que utiliza vapor de água, grafite e papel para criar energia elétrica. Finalizando o mestrado depois de apenas um ano, ela já está aprovada e deve começar o Doutorado na instituição no próximo semestre letivo. Para os próximos anos, a ideia é colocar em prática a parte teórica pesquisada até agora.

Kelly partiu de uma descoberta de 10 anos atrás, da Universidade de Campinas, em São Paulo. Lá, pesquisadores descobriram que era possível produzir energia elétrica a partir do vapor da água. Um dos estudiosos era Thiago Burgo que, hoje, é orientador da mestranda na UFSM. Agora, os dois estão aplicando a descoberta e, de fato, iluminando lâmpadas de LED, algo que era inédito até então. Kelly esteve em Campinas no início do ano para aprender a fazer os compósitos, feitos de papel kraft (aquele de enrolar pão) e grafite (o mesmo usado em lápis).

COMO FUNCIONA CADA PILHA
Uma bateria, capaz de gerar entre 10 e 12 volts, é formada por cerca de 20 pilhas. Cada pilha é formada por dois quadrados de 2cm por 2cm, feitos, de um lado, por papel kraft e, do outro, de grafite. Cada lado do grafite é banhado em uma substância ácida ou básica, para que o quadradinho fique positivo ou negativo. Então, ela junta um quadradinho negativo e um positivo, unidos pela parte de papel kraft. Depois, sucessivamente, cada pilha é agrupada com as demais, sempre unindo um lado positivo com um negativo pelo lado do grafite. Em contato com o vapor da água que está presente na atmosfera, a energia é produzida. 

- Nós testamos diversas geometrias, tamanhos e materiais. As substâncias mais básicas tem maior preferência por íons positivos, e as ácidas, por íons negativos - explica Kelly.

O custo para confeccionar a bateria com 20 pilhas é de, no máximo, 10 centavos. Por enquanto, os testes estão sendo feitos para acender luzes de lâmpadas LED de forma momentânea. O objetivo da pesquisa de mestrado é conseguir manter essa lâmpada acesa. Outro benefício das baterias é que elas são autorrecarregáveis. Enquanto uma pilha comercial pode durar até mil ciclos, as pilhas desenvolvidas já foram testadas por 40 mil ciclos e seguiam funcionando.

- Queremos aplicar (as baterias) em locais onde a energia elétrica ainda não chegou, principalmente em lugares em que há carência dessa iluminação noturna - afirma a pesquisadora.

Kelly explica que a confecção das pilhas é simples de fazer. Durante o doutorado, quer aplicar a teoria que desenvolveu para poder ensinar outras pessoas a criarem suas próprias baterias e, assim, terem energia elétrica de forma sustentável e barata nas suas casas.

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