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Escolas privadas trabalham com dois cenários para possível retorno de atividades presenciais

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário) 
Colégio Marista Santa Maria (foto) cogita adotar modalidade que permite divisão de aulas presenciais e em casa

Em meio à pandemia do novo coronavírus, o ensino precisou se reinventar. O quadro negro que, há décadas, era a maneira mais tradicional de aprendizagem nas escolas tanto da rede pública quanto da rede privada, de uma hora para outra, deixou de existir. No lugar, a tela do computador e o ensino remoto imposto pelas medidas de distanciamento social entraram na rotina de muitos lares em Santa Maria. Contudo, nos bastidores, as escolas da rede privada trabalham com dois cenários de retorno: um mais otimista e outro pessimista.

No melhor quadro, se trabalha com a volta gradual com aulas presenciais a partir do mês de agosto. A ideia é que parte da turma possa ter aulas presenciais e outra parte à distância, em formato de rodízio entre os estudantes.

- Tudo depende das decisões do governo do Estado a da prefeitura. Mas, neste cenário, a gente entra com a modalidade de ensino bimodal, com restrições de acesso à escola. Um grupo estará tendo aulas presenciais e outro em casa. Além, obviamente, de cumprir todo o protocolo de segurança e higiene. Estamos preparados para isso - afirma o diretor do Colégio Marista Santa Maria, Carlos Sardi, responsável por cerca de 1,1 mil alunos.

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 Já o segundo cenário desenhado - embora não desejado - é a continuidade das aulas remotas até o final do ano, concluindo o ano letivo de 2020 totalmente à distância. Mesmo que o governo do Estado não tenha se posicionado oficialmente em relação ao assunto, nas escolas, isso já tratado como uma realidade.

- Não temos como nem desenhar um retorno. Enquanto não houver decreto, não tem nada. Desde o início da pandemia estamos trabalhando com atividades, lives e vídeo-aulas com os nossos alunos. Dependendo do caso, com atividades que eles pegam na escola, seguindo todos os cuidados, claro. Cenário de retorno, por enquanto, não existe - relata a diretora do Colégio Franciscano Sant'Anna, Irmã Valderesa Moro.

RECEIO

Mesmo que haja permissão dos órgãos públicos para o retorno gradual do ensino presencial, o receio de muitos pais em expor os filhos ao vírus dentro das escolas já é tratado nas direções das instituições. O Colégio Coração de Maria, por exemplo, fez um levantamento que mostrou que 90% dos pais estão satisfeitos com o ensino remoto e que, se o retorno acontecesse nos próximos meses, eles não levariam os filhos ao colégio.

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- Por isso, estamos organizando da maneira mais pessimista possível, com a possibilidade de não retorno neste ano. O cenário, agora, tende a se agravar mais. É uma situação delicada - relata Camila Hoffmann, coordenadora pedagógica do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e das turmas do Ensino Médio da escola.

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