
Foto: Paulo André Dutra (Sinprosm)
Em assembleia realizada na noite de quinta-feira (13), convocada pelo Sindicato dos Professores Municipais de Santa Maria (Sinprosm), foi aprovada uma paralisação da categoria para o dia 1º de abril. A data, conhecida como o "Dia da Mentira", foi escolhida, conforme os professores, para marcar as promessas eleitorais e a crise previdenciária. O encontro reuniu mais de 200 professores no auditório da Escola Municipal de Aprendizagem Industrial (Emai), e aprovou, também, propostas como boicotes a atividades não obrigatórias, campanhas de divulgação e ações na Câmara de Vereadores, como o uso da tribuna livre.
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Em entrevista ao programa Bom Dia, Cidade, na rádio CDN (93,5 FM), na manhã desta sexta-feira (14), a coordenadora de Comunicação e Formação Sindical do Sinprosm, Celma Pietczak, falou sobre os debates durante a assembleia e a mobilização da categoria principalmente em relação à situação do Instituto de Previdência e Assistência à Saúde dos Servidores Públicos Municipais de Santa Maria (Ipassp).
– Avaliamos os nossos caminhos enquanto entidade representante de classe. O clima era de indignação e preocupação quanto à possível perda de direitos no que se refere à reforma da previdência. Escolhemos parar no dia 1º por ser uma data simbólica, pois parece que algumas promessas não passaram disso: promessas. Vamos mostrar nossa indignação com a situação atual – destacou Celma.
A coordenadora confirma que já foram definidas outras mobilizações além da paralisação. Entre os movimentos apontados, estão a mobilização junto à categoria, nas escolas e nas comunidades, além de um contato com a Câmara de Vereadores.
O momento que exigiu mais esclarecimentos e debates tratou da formação do Conselho Consultivo da Reforma da Previdência, realizado na quarta-feira (12) no gabinete do prefeito Rodrigo Decimo (PSDB). Composto também por Sindicato dos Municipários, Instituto de Previdência dos Servidores Públicos (Ipassp-SM) e Câmara de Vereadores, o órgão não tem função deliberativa.
Sobre o conselho, Celma destacou:
– O conselho é consultivo, não decisivo, ele não tem poder de escolha. O sindicato tem três representantes neste conselho. Sabemos que se hoje o Ipassp está nesta situação, essa conta não é do servidor, mas das gestões anteriores que não tomaram atitudes nem ações.