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VÍDEO: com o dinheiro da venda de doces, universitárias pagam cursos de especialização

Gilson Alves

Fotos: Arquivo Pessoal
Ivana Camargo (à esq.) e Gabriela Toniolo dividem o tempo nos estudos de Fisioterapia com a confecção de doces

Sem verba para pagar cursos de especialização na área em que estudam, as estudantes de Fisioterapia da UFSM, Gabriela Toniolo, 20 anos, Ivana Camargo Braga, 23, e Laura Bassotto, 20, resolveram empreender. No final de setembro passado, elas começaram a vender doces na faculdade. Junto do passo inicial no empreendimento, criaram a página Leãozinho Doce, e logo acumularam inúmeras encomendas. Em 2019, por estar com novos projetos, Laura não fará mais parte da sociedade, mas Gabriela e Ivana seguem.

As primeiras vendas foram realizadas dentro da própria turma, mas em pouco tempo o negócio alavancou, e somando os pedidos via internet, elas chegam a comercializar 250 docinhos por semana. Uma promoção realizada pelas meninas no Facebook "popularizou" rapidamente o Leãozinho Doce, saindo do âmbito apenas da faculdade e dos amigos.

- Começamos a vender doces a fim de juntar dinheiro para fazer cursos de especialização dentro da fisioterapia. A primeira leva de doce, com 70 unidades, vendemos na própria turma da faculdade. Uma colega provou, elogiou, e assim despertou a curiosidade nos demais, que começaram a tirar fotos, postar nas redes sociais. Naquele primeiro dia, já criamos o Facebook dos docinhos - conta Gabriela.

Universitária investe em doces gourmets e cria um negócio para a família

A estudante explica como é organizado o trabalho em conjunto. Gabriela lidera a produção e a colega Ivana comanda a comercialização.

- Tenho mais tempo livre para fabricar os docinhos. Em compensação, a Ivana é uma ótima vendedora. Entrego para ela, e a Ivana sai para a rua, pergunta, oferece, e geralmente vende tudo. Nas grandes encomendas, a gente se divide, se reúne para fazer. Na maioria das vezes, sou eu que faço - diz Gabriela.

Uma das incentivadoras para a criação do negócio é uma comadre de Gabriela, que faz doces em São Pedro do Sul.

- A Oscarina é tia e comadre da Gabriela. Ela que nos mostrou, com muita boa vontade, o "caminho das pedras" para fazer doces. Ela trabalha com isso há alguns anos. Nos deu as receitas básicas e dicas de como ficaria melhor para a gente investir nos produtos certos - revela Ivana.

ESTRATÉGIA NAS REDES SOCIAIS


Pablo Vargas de Almeida, analista de redes sociais e diretor de arte na DG5 Comunicação, revela técnicas para utilizar as redes sociais de forma correta.

- É preciso trabalhar com profissionalismo, usando as ferramentas e técnicas disponíveis que estão em constante atualização, além de usar linguagens apropriadas para cada segmento. Por exemplo, para o público feminino existem gatilhos mentais que conectam com mais eficiência as mensagens direcionadas a esse público específico. Usando essas estratégias, o gerenciamento das redes é mais assertivo, podendo gerar melhores resultados - aponta Pablo. 

Nancy Delint, responsável pelo planejamento comercial e atendimento na DG5, acrescenta: 

- As redes sociais são o canal de divulgação, porém, o mais importante é entender qual é a proposta de valor (a alma do negócio) para poder comunicar ao cliente. Isso deve ser alcançado pela elaboração do planejamento comercial estratégico. O Instagram é um meio de distribuir essa consistência. Ninguém consegue ser "forte" em um canal se não entregar valor. Temos que cuidar do nosso conteúdo antes de pensar em ter seguidores.

APOSTA NO PERFIL DOS CLIENTES
As meninas fazem diferentes tipos de brigadeiros. O mais vendido é o ninho com nutella. Há docinhos de 20g e 30g, sabor café, limão, sem lactose e fitness (com menos quantidade de açúcar). O tamanho varia se a venda for avulsa ou em maior quantidade. Em breve, as duas pensam em começar a vender sorvetes caseiros, também sem lactose.

- Somos colegas de faculdade e vi as duas levando os docinhos para vender na aula. Achei uma baita ideia. É uma renda extra que ajuda muito. As meninas fazem os doces com muito amor e carinho, e eu recomendo. Experimentei todos e o meu preferido é o de leite ninho com nutella - elogia Joana de Moura, estudante de Fisioterapia.

Mãe transforma amor e criatividade em negócio próprio com laços, fitas, tule e babador

 A colega de trabalho de Ivana, Lilian Owicki, prefere os branquinhos e recomenda para novos clientes.
- Eu gosto do branquinho. Na verdade, adoro todos, mas esse ganhou meu coração. Indico para que novas pessoas possam prová-los. Vão gostar bastante - diz.

Em cada docinho, o mínimo que as meninas lucram é R$ 1. O investimento inicial foi adquirir uma balança para pesar os docinhos. Segundo Gabriela e Ivana, as publicações pagas no Facebook serviram para descobrir que o público-base consumista é de mulheres de 18 a 25 anos.

ONDE ENCONTRAR OS DOCES
Leãozinho Doce

Valores

  • Unidade 30 gramas - R$ 2
  • 6 unidades 30 gramas - R$ 10
  • 12 unidades 30 gramas - R$ 20
  • 100 unidades de 20 gramas cada uma - R$ 100

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