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UFSM recebeu primeiro carro elétrico para pesquisas na área

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Foto Divulgação
Professores Luciane Neves Canha e Rafael Milbradt estão à frente das pesquisas

A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) recebeu nesta quinta-feira o primeiro veículo totalmente elétrico de uma universidade pública no Estado, que será usado em diversas pesquisas que ajudarão a definir o futuro dos carros elétricos no Brasil. O automóvel Nissan Leaf faz parte de um projeto que vai prever um eletroposto gratuito de carga rápida que será montado no campus, em parceria com o Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogas) para a Companhia Paranaense de Energia (Copel-DIS). O investimento total, de R$ 3 milhões, será feito pela Copel, que vai instalar também um eletroposto em Curitiba, para permitir a comunicação com a estação da UFSM para auxiliar nas pesquisas.

O projeto se chama "Interface de Inovação Multi-Agente envolvendo a Indústria Automobilística, os Sistemas de Energia e Infraestruturas de Mobilidade Elétrica para Eletrovias Inteligentes". O objetivo é criar um sistema de gestão inteligente de eletrovias, para desenvolver o uso do carro elétrico no Brasil. É que quando a quantidade de carros elétricos for grande no país, será preciso haver pontos de recarga disponíveis para todos eles nas rodovias, já que a carga rápida leva 30 minutos, e uma rede de energia deve ter capacidade suficiente para atender esta demanda.

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A pesquisa pretende criar um sistema de comunicação entre os eletropostos e os carros, para evitar que haja congestionamento de carros em um determinado posto e evitar sobrecargas. A nova tecnologia deve ser usada pela Copel, que mantém a maior eletrovia em operação no Brasil, com 12 postos de recarga rápida (em laranja, no mapa abaixo) ao longo dos 730km da BR-277, entre Foz do Iguaçu (PR) e Paranaguá (PR), e em futuros sistemas no país.

Porém, pesquisadores e alunos de vários cursos da UFSM poderão fazer pesquisas com o carro e a estação de recarga, para avaliar questões como durabilidade, sistema de renegeração de energia pelos freios do carro, rede de energia necessária para os eletropostos, modelos de negócios para venda da energia para veículos no futuro, uso da bateria do carro para alimentar casas, aplicativos para motoristas marcarem horários para recargas, entre outros.

- Esse carro tem bateria que pode ser conectada a uma casa, não só para recarregar o veículo, mas também para a bateria dele alimentar a residência em situações de emergência, quando faltar energia na cidade. Também vamos avaliar o desgaste da bateria do carro se for ligada ao nosso laboratório e injetar energia e carregar-se a partir da rede elétrica, pois uma possibilidade que pode existir no futuro é recarregar o veículo em horário em que a energia estiver mais barata e devolver a energia à casa e à rede nos horários de ponta - diz a professora da UFSM Luciane Neves Canha, que coordena o projeto em parceria com a Copel.

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Após ser emplacado, nos próximos dias, o carro passará a ser usado em testes do dia a dia, simulando o uso de uma pessoa comum, em várias situações diferentes.

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DESAFIO
Outro Nissan Leaf elétrico também está no campus, mas será levado a Curitiba, para a Copel. A ideia é levar o veículo rodando, e não em caminhão-cegonha, justamente para ver as dificuldades que existem hoje para viajar com carros elétricos no país. Como o Rio Grande do Sul não há estações de recarga rápida (elas são indicadas em laranja, no mapa ao lado), será um desafio fazer esse trajeto, pois será preciso achar locais onde haja tomadas industriais para recarregar o veículo no trajeto - ele tem 389 km de autonomia e 141 cavalos de potência, segundo o fabricante. Se for ligado à rede de uma casa ou hotel, o veículo leva seis a oito horas para recarregar totalmente a bateria, na chamada recarga lenta. Onde há recarga rápida, a bateria fica cheia em 30 minutos.

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POSTO DE RECARGA
Nos próximos meses, será instalada a estação de recarga rápida no campus da UFSM, que poderá ser usada de graça por qualquer pessoa que tenha carro elétrico - como ela será abastecida com energia solar, não haverá custos à universidade. Como hoje em dia, não há lei permitindo a cobrança de energia para recarga de veículos em eletropostos, as pesquisas poderão ajudar a Aneel a propor uma lei para área e definir se as concessionárias poderão cobrar pelo serviço ou se outras empresas vão explorar postos de recarga nas cidades e estradas.

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