Nas mãos dos colegas

Relatório do caso Maciel apontará por arquivamento ou cassação

Marcelo Martins

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O futuro do mandato do vereador João Carlos Maciel (PMDB) será decidido nos próximos dias. Nesta terça-feira, os vereadores que integram a Comissão Parlamentar Processante – Paulo Airton Denardin (PP), João Kaus (PMDB) e Manoel Badke (DEM) – colocarão em votação interna o caso envolvendo Maciel, que é investigado pelos colegas por possível quebra de decoro parlamentar.

O peemedebista é acusado de exigir para si parte dos salários de três dos seus assessores administrativos em 2009 quando, na época, foi presidente da Câmara de Vereadores de Santa Maria. A outra situação que recai sobre Maciel é que ele teria utilizado assessores para fins particulares, como o seu programa social.

Na manhã desta terça-feira, às 9h, o trio da CPP votará e decidirá se o relatório do caso apontará para cassação (perda do mandato) ou para arquivamento do caso. Após a votação, o parecer do relatório é protocolado na Casa e cópias da decisão serão distribuídas aos 21 vereadores. Já na sessão plenária de quinta-feira, o relatório será colocado em votação pelos parlamentares.

Contudo, Maciel fica impedido de votar. Em seu lugar será convocado o suplente dele, o ex-vereador e colega de partido Isaías Romero, que poderá votar. Durante a sessão, os vereadores votarão duas vezes. Ou seja, para cada uma das acusações imputadas a Maciel: apropriação de salários de assessores e, por fim, o uso indevido de assessores para fins particulares.

Para que Maciel seja cassado ou que o caso seja arquivado são necessários 14 votos. Em caso de cassação, na sessão de quinta-feira é emitido um decreto Legislativo comunicando a perda de mandato e a Justiça Eleitoral também é avisada. Após isso, na semana seguinte, o suplente assume o mandato.   

Ao longo dos últimos meses, Maciel prestou depoimento e também indicou pessoas que depusessem a seu favor. Também foram ouvidos ex-assessores que confirmaram ter sido coagidos a dar parte de seu salários ao peemedebista.

Medicaro e condenação

Maciel foi preso, em março, em flagrante durante cumprimento de mandado na sede de seu programa social pela Operação Medicaro, sob suspeita de tráfico ilícito de medicamento controlado.

Leia todas notícias sobre a Operação Medicaro

Em abril, ele foi condenado a seis anos e oito meses de prisão inicialmente em regime semiaberto. A condenação foi referente ao caso envolvendo a entrega de parte do salários de seus assessores. A defesa dele recorreu da decisão.

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