infraestrutura

Presidente da Caixa nega aumento de juros no financiamento da casa própria para classe média

Deni Zolin*

Foto: Janio Seeger (Diário)

O novo presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, negou ontem que terá aumento dos juros no financiamento da casa própria para a classe média. Na segunda-feira, após a posse dele no cargo, Guimarães disse que a classe média teria que pagar juros de mercado.

- Se hoje você tem zero de empréstimo para pessoas de classe média, não vão ser os juros do Minha Casa Minha Vida. Quem é classe média tem de pagar mais. Ou vai buscar no Santander, Bradesco, Itaú. E vai ser um juro de mercado [na Caixa Econômica Federal]. A Caixa vai respeitar os juros de mercado - afirmou na segunda-feira.

Contudo, ontem, ele declarou que foi mal interpretado e disse que o mercado imobiliário seguirá nos moldes que já trabalham.

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O Secovi é o sindicato das imobiliárias de Santa Maria, e o vice-presidente da entidade, Antonio Odil Gomes de Castro, concorda que o presidente da Caixa tenha sido mal interpretado ou até mesmo não tenha se expressado de maneira clara. Ele conta que, atualmente, os juros pelo programa Minha Casa, Minha Vida são escalonados, de 5% a 9,16%, conforme a renda familiar das pessoas interessadas a comprarem imóveis, que vão até R$ 9 mil. Famílias com renda superior não podem participar do programa de subsídio do governo.

Odil diz que os juros de mercado ficam acima de 10%, mas avalia que os bancos já apresentam propostas para competir no mercado imobiliário, inclusive com a Caixa Econômica Federal.

Na semana passada, segundo o G1, a Caixa reabriu a linha chamada pró-cotista, que tinha os melhores juros depois do Minha Casa, Minha Vida. Os juros do pró-cotista, que estava entre 7,85% e 9,01% ao ano, passaram para a faixa de 8,76% a 9,01%.

OUTRAS REPERCUSSÕES
A diretora da Imóveis Prize, Liziane Stangarlin, conta que os últimos financiamentos fechados pela empresa não foram com a Caixa exatamente porque outros bancos estão cada vez mais competitivos. Sobre a declaração de Guimarães, Liziane diz que não acredita em aumento de juros e espera que as taxas sigam na média que estão.

Já o sócio-proprietário da Camobi Imóveis, Sandro de Souza Custódio, diz que agora é preciso esperar para ver se os juros terão aumento e qual será o impacto no mercado imobiliário. Ele lembra que em 2018 a Caixa já fez aumentos de taxas e modificou condições de financiamento de imóveis, por isso acredita que novas alterações não devem ser muito significativas. Além disso, ele acredita que há possibilidade de o mercado melhorar a partir das declarações do novo presidente da Caixa.

*Colaborou Joyce Noronha

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