PESQUISA: preço do gás sobe R$ 0,51 nos últimos quatro meses em Santa Maria

Foto: Charles Guerra (Diário)
Preço do vasilhame em Santa Maria custa de R$ 65 a R$ 79

Mesmo com as seguidas altas repassadas pela Petrobras às distribuidoras, o preço do gás de cozinha se mantem estável em Santa Maria. Desde o início do ano, a estatal já aumentou o valor do botijão de 13 kg em R$ 4,30. Apesar disso, o preço se mantém praticamente inalterado na cidade.

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No último levantamento realizado pelo Diário, no mês de fevereiro, o preço médio do botijão, com tele-entrega, era de R$ 75,90. Ontem à tarde, nas mesmas distribuidoras, o custo médio do vasilhame era de R$ 76,41, um aumento de R$ 0,51 em relação a fevereiro, o que representa um a elevação ao consumidor final de 0,6%.

Já quem for buscar o gás na própria distribuidora vai conseguir economizar. O preço médio encontrado ontem foi de R$ 70,36 - uma economia de R$ 6,05 sem a entrega em casa.

Os preços na cidade variam de R$ 65, sem entrega, a até R$ 79, com a entrega. O reajuste do preço do gás é feito mensalmente pela Petrobras, que regula o preço no país. Com a seguidos reajustes os comerciantes acabam esperando para repassar o aumento ao consumidor. 

- Não passamos os repasses para o consumidor. Dessa última vez, esperamos seis meses para repassar. Não conseguimos fazer como os postos de gasolina, que repassam o aumento assim que o combustível chega da refinaria - afirma Patrick Galiza, dono da distribuidora de gás Pistoia, em Camobi.

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Durante a greve nacional dos caminhoneiros e o bloqueio das principais estradas da região, muitas distribuidoras ficaram sem gás em Santa Maria. No dia No dia 29 de maio, o Diário mostrou que ao menos 10 distribuidoras estavam com os estoques totalmente zerados. Mesmo duas semanas depois, os comerciantes ainda sentem os efeitos da falta de distribuição.

- Ainda não conseguimos normalizar os estoques, mas estamos conseguindo atender os clientes dentro do possível. Não ficamos completamente sem gás durante a paralisação, mas foi muito complicado - diz Glaci Lorenzi, dona do Lorenzi Gás.

ALTERNATIVAS
Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o botijão teve aumento de 16,4% no ano passado, já descontada a inflação, que foi de 2,95%. Foi a maior alta percentual do vasilhame de 13 kg desde 2002. Com isso, somente no ano passado, 1,2 milhão de domicílios brasileiros passaram a usar lenha e carvão como alternativa para cozinhar alimentos, de acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).