medidas contra a covid-19

Entidades são contrárias a restrições mais severas

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)

Com o decreto estadual que suspende atividades consideradas não essenciais entre 20h e 5h em todo o Rio Grande do Sul, representantes do setor empresarial se dizem preocupados com a medida. A nova regra é ainda mais restritiva do que a anunciada na semana passada, que determinava o fechamento dos estabelecimentos às 22h.

Com duas horas a menos de serviço, fica inviável para alguns bares e restaurantes, que funcionam apenas no período da noite, manter o atendimento presencial 

- Os bares e restaurantes vão reforçar o delivery, porque precisamos vender e pagar os funcionários e os compromissos mensais. Então, temos que buscar alternativas. Mas, infelizmente, não é o suficiente. A nossa categoria, além da indústria e do comércio, trabalha com todos os protocolos necessários de segurança - relata o presidente do Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Santa Maria, João Provensi.

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Um dos responsáveis pelo Tanashi Sushi, Sidinei Santos está preocupado com a situação e defende uma diferenciação no tratamento de bares e restaurantes na cidade.

- É uma situação muito difícil, mas acredito que deveria ter um tratamento diferenciado entre bares e restaurantes. Os restaurantes são lugares com mesa, com o pessoal jantando. Por que os restaurantes, durante o dia, podem abrir normalmente e nós, da noite, temos que abrir somente duas horas? - questiona

Santos entende que a pandemia é um problema sério de saúde pública, mas diz que o poder público precisa avaliar adequadamente as regras de distanciamento aplicadas. O restaurante, que fica na Rua Visconde de Pelotas, enfrentou dificuldades devido ao fechamento forçado em 2020, e agora, conforme Santos, está tentando recuperar o prejuízo

Confira, abaixo, a opinião de entidades representativas do setor empresarial em relação ao decreto publicado pelo governo do Estado.

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"No mínimo, é ineficaz. Em março de 2020, ou seja, há um ano atrás, já fizemos lockdown. Depois, por mais de 11 meses estamos sofrendo com restrições que só penalizam o setor econômico e os trabalhadores. Agora, vêm com mais restrições? Pura incompetência de gestores (governador e prefeitos). Um hospital do tamanho e complexidade do Regional ter 40 leitos? E, se tem, é graças à ação do Ministério Público Federal e de empresários. Este é o cerne da discussão. O poder público fez o que devia para estancar o contágio ou simplesmente joga a responsabilidade para a sociedade?"
Luiz Fernando Pacheco, presidente da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Santa Maria (Cacism)

"Temos uma grande preocupação, porque é uma cadeia produtiva que vai precisar parar. Temos, sim, também, uma grande preocupação com as bandeiras. Sabemos que estamos no colapso da saúde. Mas sabemos que quem não tiver trabalho, quem não tiver sustento, também fica doente. Queremos achar um meio termo. Queremos que o poder público municipal e estadual encontre uma forma de ampliar a saúde e os leitos para poder ter o atendimento e que a gente possa, sim, seguir trabalhando. Já temos estatísticas, inclusive, de setores da alimentação que nunca pararam e que não teve contaminação. Queremos provar que, com trabalho e cuidado, podemos superar as duas coisas. A doença e a saúde das empresas que estão quebrando."
Marli Rigo, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Santa Maria 

"Estamos tratando de como ajudar o poder público nesse enfrentamento. Desde março do ano passado, vivemos sofrendo uma série de punições. Não há nenhum tipo de contaminação comprovada dentro do setor produtivo organizado. Isso demonstra que o setor é preparado para atender seus trabalhadores e clientes. Não queremos que, neste ano, se repitam os mesmos erros que se cometeram no ano passado. Nós não conseguimos ficar mais um ano sofrendo penalidades e sofrendo com os erros que não foram nossos, que são as aglomerações em festas clandestinas. Isso não teve atuação do governo. Nós, que somos organizados, estamos pagando por isso."
Ademir José da Costa, presidente do Sindicato dos Lojistas (Sindilojas) de Santa Maria

"Os bares e restaurantes vão reforçar o delivery porque precisamos vender e pagar os funcionários e os compromissos mensais. Então, temos que buscar alternativas. Mas, infelizmente, não é o suficiente. A nossa categoria, além da indústria e do comércio, trabalha com todos os protocolos necessários e de segurança para não propagar a Covid. Poucas pessoas foram infectadas em nossos estabelecimentos nesse tempo todo. O grande problema são as festas clandestinas, onde há aglomeração e isso que deixa os hospitais e a área da saúde sobrecarregados. Nós, não. Deixar aberto durante mais tempo é melhor, porque seguimos os protocolos de segurança."
João Provensi, presidente do Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Santa Maria

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