O veto da presidenta Dilma Rousseff ao voto impresso para o caso de conferência, previsto no projeto de lei da minirreforma eleitoral (PL 5.735/13), foi derrubado pelos deputados em sessão do Congresso Nacional. Foram 368 deputados contra e 50 a favor do veto.
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Ao ser votado pelos senadores, eles mantiveram a decisão dos deputados. Com a derrubada do veto, o texto que prevê a impressão do voto pelo eleitor será reinserido na Lei 13.165/15, da reforma política.
A matéria prevê o uso do voto impresso nas urnas eleitorais para conferência pelo eleitor, sem contato manual, assim como para posterior auditoria. A regra entrará em vigor nas próximas eleições gerais, em 2018.
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Conforme reportagem do jornal Estado de S. Paulo, nas razões do veto a Presidência alegou que a mudança na forma de computação dos votos nas eleições demandaria gastos excessivos, estimados em R$ 1,8 bilhão, e que o Congresso não informou a origem para o gasto no orçamento.
O assunto dividiu os parlamentares durante a votação. A oposição, favorável à derrubada do veto, vê a impressão do voto como uma forma de dar mais legitimidade aos resultados do pleito.
O líder do governo, José Pimentel (PT-CE) rebateu os argumentos da oposição dizendo que a auditagem pedida pelo PSDB não apontou fraudes. Aécio Neves (PSDB) respondeu que na verdade a apuração mostrou que o atual sistema de urnas eletrônicas não permite auditoria.
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