APL

Arranjos Produtivos Locais prometem alavancar a região em dois setores

Juliana Gelatti

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A sigla APL ainda não entrou para o vocabulário dos santa-marienses, mas os resultados junto às empresas que fazem parte dos dois Arranjos Produtivos Locais (APL) reconhecidos pelo governo do Estado no ano passado em breve poderão ser medidos. Por meio desse reconhecimento, que inclui repasse de R$ 400 mil ao longo de quatro anos, os setores da indústria metalmecânica e da tecnologia da informação e da comunicação têm muito para crescer.

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Integração de esforços, diálogo com o poder público e com as universidades, acesso a mercados maiores e a cooperação ao comprar e vender. Essas e outras vantagens estão ao acesso das empresas de qualquer porte na região do Corede Central. E, para o restante da sociedade, devem resultar em mais empregos, mais renda e uma formação profissional mais adequada às demandas do mercado.

– O APL deve ser um guarda-chuva. Embaixo dele, caminham as entidades, as empresas de diferentes tamanhos de cada setor, a prefeitura, a Adesm, as universidades e o Estado – conceitua o gestor executivo do APL Metalcentro, Alessander Pavanello.

Além dos gestores executivos e secretários, custeados com recursos que os APLs recebem da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI), os arranjos são administrados com o apoio da governança, conjunto de entidades, órgãos do setor público e da academia. A governança é o meio pelo qual a sociedade influencia os rumos do setor em questão e se responsabiliza pelo crescimento econômico conjunto.

– Santa Maria, que não tinha um lado industrial tão consolidado, hoje já tem um setor metalmecânico buscando esse desenvolvimento. E de outro lado, o conhecimento das nossas instituições de ensino sendo aproveitado nesse polo de tecnologia da informação – destaca Diogo de Gregori, superintendente executivo da Agência de Desenvolvimento de Santa Maria (Adesm).

Identificação e solução de gargalos à economia
 
Entre as demandas em comum dos dois APLs, está a formação da mão de obra. Técnicos para a indústria metalúrgica e programadores para trabalhar com software e hardware são artigos de luxo na região. Por isso, a aproximação entre as empresas e as instituições de ensino é tão crucial.

– Há uma ilusão de que aqui não tem emprego, que é necessário ir para fora, para a Região Metropolitana, para a Serra. Mas, se todo o potencial empreendedor for embora, aí é que não haverá mais oportunidades – diz Santos Viana, gestor executivo do APL Centrosoftware.

De acordo com o técnico do Sebrae que faz parte da governança dos APLs, Márcio Rebelatto, a gestão será um ponto em comum a ser trabalhado nos dois APLs:

– O Sebrae já começou atividades de capacitação e, conforme as necessidades, vamos tratar de saná-las.

Esse acompanhamento terá participação do Núcleo de Extensão Produtiva e Inovação (Nepi), composto por estudantes e professores da Unifra, em convênio com a AGDI.

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