Dentre as principais despesas mensais do lar, uma das que mordem boa parte do orçamento familiar é o gás de cozinha, já que o preço médio do botijão de 13 quilos é de R$ 60 e representa cerca de 6,5% do salário mínimo.
Em Santa Maria, o produto pode ser encontrado entre R$ 56 e R$ 62 se o consumidor for comprar em um dos pontos de vendas. Já, se solicitar a entrega na sua casa, pode pagar entre R$ 60 e R$ 69. Estes números têm base em preços de 14 revendas de diferentes bairros da cidade pesquisados na segunda-fira pelo Diário. Confira:

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Em relação ao último levantamento, feito em 20 de julho nos mesmos estabelecimentos, quatro mantiveram os preços e 10 mudaram o valor cobrado. O principal motivo das revendas que aumentaram foi o reajuste de 6,9% anunciado pela Petrobras no início de agosto. O índice representa, nos casos em que foram repassados integralmente ao consumidor, um aumento de R$ 1,29 por botijão, ou 2,2% em média. Mas o valor por botijão subiu de R$ 2 a R$ 3 (veja quadro). Dos que não ajustaram, a justificativa é em função das vendas.
– Estamos segurando o preço em função da concorrência, para tentar vender mais e ainda manter a clientela. A gente ganha um pouco menos, mas leva vantagem na quantidade. Não podemos ficar aumentando toda hora – diz Daniel Antunes, diretor de uma das revendas e que reajustou só o valor cobrado na entrega em função da alta dos combustíveis.
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Três pontos de vendas até reduziram o valor cobrado, ou na portaria ou na entrega. A principal alegação é de que ainda tiveram margem para negociação.
– Tivemos de baixar o preço na marra. Diminuímos a nossa margem de lucro, que já era baixa, e ainda cortamos outros custos. Nos últimos três meses, as nossas vendas caíram 40%. Não sei o que pessoal anda fazendo. Acho que é a crise mesmo – desabafa Jorge Guterres, proprietário de uma revenda no bairro Passo D¿Areia.