A 24ª Feira Internacional do Cooperativismo (Feicoop) e a 13ª Feira Latino Americana de Economia Solidária, que encerraram na noite deste domingo, bateram, novamente, recorde de público.
Segundo dados oficiais divulgados pela Comissão Organizadora, 255 mil pessoas passaram, durantes os três de feira, pelos pavilhões do Centro de Referência em Economia Solidária Dom Ivo Lorscheiter. Em relação a 2016, que registrou 248 mil visitantes, são sete mil pessoas a mais. Este ano eram esperados 250 mil visitantes.
– Esses são os números da feira como um todo. Inclui os participantes das oficinas e seminários realizados em diferentes locais da cidade, os expositores e o público que veio prestigiar a feira – explicou a Irmã Lourdes Dill, coordenadora do Projeto Esperança/Cooesperança.
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Organizador dos eventos de economia solidária que tornaram Santa Maria referência internacional em eventos que reúnem produção da agricultura familiar, artesanato, produtores orgânicos e pequenas agroindústrias, o Projeto Esperança/Cooesperança e a Coordenação da 24ª Feicoop não divulgaram números sobre comercialização. Segundo Irmã Lourdes, esses dados precisam ser contabilizados para, depois, serem divulgados.
Ao avaliar a Feicoop deste ano, Irmã Lourdes disse se sentir "muito feliz, gratificada e honrada com a feira que teve a bondade de Deus pelo tempo bom e a intercessão de Dom Ivo (bispo criador do Projeto Esperança e incentivador da economia solidária".
JUBILEU DE PRATA
A Feicoop ainda não havia encerrado e Irmã Lourdes já começava a planejar a edição do próximo ano, quando o evento de economia solidária comemora 25 anos. Para comemorar o Jubileu de Prata, serão realizados no próximo ano, em Santa Maria, junto à 25ª Feicoop e à 14ª Feira Latino Americana, o 3º Fórum Mundial de Educação e a 3ª Feira Mundial de Economia Solidária.
No caso do Fórum de Educação, o evento estará comemorando os 10 anos de sua primeira edição, realizado em 2008, em Santa Maria. Também serão comemorados os 15 anos da Feira de Economia Solidária de Cratéus, do Ceará, mas que enviará seus organizadores para o Coração do Rio Grande.
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Ainda na sexta-feira, na abertura da Feicoop, o secretário nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho, Natalino Oldakoski, anunciou que o governo federal vai investir R$ 250 mil na edição do ano que vem para que o evento "siga a sua trajetória". O governo, segundo Oldakiski, reconheceu que a Feicoop "representa a concentração da economia solidária na América Latina".
CRISE TRAZ REFLEXOS
Apesar do público ter aumentado em relação ao ano passado, conforme divulgou a organização, a crise econômica afastou um pouco os compradores. Pelo menos essa é a constatação de alguns expositores.
– O movimento está um pouco menor que em 2016 –disse a santa-mariense Simone Saldanha, coordenadora de um pequeno panifício que produz pães, bolos, cucas e bolacha.
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Francineide Soares de Andrade viajou três dias de ônibus com um grupo de pequenos produtores de agricultura familiar e artesãos de 10 municípios do Espírito Santo. Ela reclamou da falta de apoio do governo do seu Estado e da crise.
– O momento não está bom para ninguém – disse.
Já o casal de senegaleses Ousmane Ndiaye e Binetou Gheye, que veio de Caxias do Sul, para vender peças como esculturas e colares considerou boa a procura por seus produtos.
* Com informações da Agência Brasil