data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)
Com equipamento que permite a visualização ampliada da pele, o mapeamento digital permite o acompanhamento das transformações das pintas do corpo
O diagnóstico precoce é fundamental para a cura do câncer de pele, por isso o autoexame deve ser feito a cada seis meses. Fique atento a pintas, casquinhas, feridas que não cicatrizam e lesões que sangram espontaneamente.
No mês dedicado à Prevenção do Câncer de Pele, o Diário conversou com especialistas para reforçar a importância da proteção solar em qualquer época do ano. Confira as outras reportagens:
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AUTOEXAME
Feito o autoexame e detectado alguns sinais, a recomendação é procurar um dermatologista. O principal tratamento do câncer de pele é a cirurgia, segundo o cirurgião oncológico Lucas Zamberlan, mas há outras formas, como a quimioterapia, a radioterapia, imunoterapia, medicamentos de uso tópico e a terapia fotodinâmica, que usa cremes junto a uma luz específica para destruir as células cancerosas.
Vale lembrar que nem toda pinta é câncer. As sardas, por exemplo, nunca se transformarão em câncer, conforme o professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e dermatologista do Husm André Costa Beber. Mas é preciso observar sinais que não existiam até os 25 anos, pintas escuras, irregulares, que crescem e coçam. Para ajudar a identificar os sinais do melanoma, siga o critério "ABCDE". (Confira no quadro abaixo)
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CONFIRA, ABAIXO, ALGUMAS DICAS DE ESPECIALISTAS PARA SE PROTEGER DOS RAIOS ULTRAVIOLETA
- O não melanoma é o mais frequente câncer de pele e ocorre principalmente nas áreas do corpo mais expostas ao sol
- O melanoma é menos comum, porém, é mais agressivo e pode gerar metástase
- Fique atento a manchas na pele que coçam, ardem, descamam ou sangram
- Feridas que não cicatrizam em quatro semanas também devem ser investigadas
- Não se exponha aos sol entre 10h e 16h. No Rio Grande do Sul, durante o verão, o ideal é evitar o sol entre 9h30min e 17h
- Proteja-se com roupas, bonés ou chapéus de abas largas, óculos escuros com proteção UV, sombrinhas e barracas
- Olhos também precisam de proteção. Use óculos escuros com filtro UV
- O protetor solar com FPS 30 ou maior deve ser aplicado uniformemente, inclusive nas áreas como nuca, face, ombros, mãos e pés
- É necessário reaplicar o filtro solar a cada duas horas, durante a exposição solar, bem como após mergulho ou grande transpiração
- Mesmo filtros solares "à prova d'água" devem ser reaplicados
- Protetor labial ou um batom com filtro solar é essencial para essas regiões que são ainda mais sensíveis
- Pessoas de pele clara absorvem vitamina D mais rápido. Se houver necessidade da vitamina, ficar sob o sol de 10 a 15 min é suficiente
- Deve-se suspeitar de qualquer mudança persistente na pele. Ao identificar lesões suspeitas, um especialista deve ser procurado para confirmação do diagnóstico e tratamento
- Em dias nublados, também é importante o uso de proteção
- Na praia, deve-se ficar sempre abrigado por guarda-sol. Há guarda-sol com proteção UV a venda
- As tatuagens podem esconder lesões, portanto, merecem atenção
- O câncer de pele tem cura. Ao perceber qualquer alteração suspeita na pele, consulte um dermatologista
Fonte: André Costa Beber e Luana Meneghello, dermatologistas, e Lucas Zamberlan, cirurgião oncológico
ONDE PROCURAR AJUDA
- O Serviço Municipal de Saúde de Santa Maria, pessoas com suspeita da doença podem se encaminhar às Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou a Estratégias Saúde da Família (ESF). No caso de confirmação de malignidade, elas são encaminhadas ao Hospital Universitário de Santa Maria (Husm)
- Na consulta com o clínico geral, os sinais de malignidade serão investigados e o paciente pode ser encaminhado para a dermatologista da Policlínica do Rosário para avaliação. Na sequência, ele é encaminhado para cirurgia ou outro tipo de tratamento no Husm, caso necessário
- A médica dermatologista do município, Claudia Lovato do Nascimento, orienta que as pessoas procurem atendimento com um dermatologista, no mínimo, uma vez ao ano
*Colaborou Rafael Favero