Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
A tutora Franciele teve que aprender a lidar com os ciúmes e as brigas entre as cadelinhas Sophia (no colo) e Chanel
Mimada, a micropoodle Sophia estava acostumada a ter todas as atenções. Até o dia em que sua tutora, a acadêmica de Administração Franciele Menzen, 25 anos, levou a spitz alemã Chanel para casa.
- A Sophia sentia ciúmes e não gostava muito da presença da Chanel. A Chanel pegava os brinquedos dela e ocupava espaço que antes era só da Sophia. Até achei que teríamos que devolver a Chanel, mas, com o passar do tempo, deu tudo certo. No fim, elas se dão bem. Inclusive, quando saem, a Chanel protege a Sophia dos cães maiores - sorri Franciele.
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A estratégia da estudante para unir as duas cadelinhas foi simples. Por mais que Chanel fosse a "bebê" da casa, ela não ofereceu tratamento diferenciado e garantiu liberdade e carinho equivalentes a ambas, assim como os mesmos horários.
- Se uma sai, a outra sai também. Quando uma come, a outra come também. Se uma ganha um brinquedo novo, providencio um segundo brinquedo. Se alguma coisa é diferente, é por preferência delas. Enquanto a Chanel prefere dormir no chão, na caminha dela, a Sophia prefere dormir comigo - explica a tutora.
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Para a médica veterinária da Emporium Pet Store Ana Carine Nemitz Pretto, a paz entre pets não é algo difícil de alcançar. Pelo contrário: a profissional acredita que cães e gatos pode conviver tranquilamente, desde que o tutor tenha paciência. Da mesma forma, o treinador Marcelo Ilha entende que a reação de um pet mais velho à chegada de um novo morador depende da forma com que foi criado.
Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Chanel (à frente) se da bem com a companheira Sophia. Nos passeios, ela quem protege a pet dos cães maiores
PREPARANDO A CASA
A introdução de um pet ao novo lar pode ser estressante para tutores e mascotes. Confira, abaixo, dicas sobre como facilitar a convivência:
- A reação do pet vai depender de como ele foi criado. Se, desde pequeno, ele conviveu com outros animais, ele vai ser mais social
- Para pets menos sociais e mais dominantes, apresente o novo morador ao antigo cachorro ou gato fora de casa, em vez de imediatamente leva-lo para dentro da residência
- Respeite o espaço dos pets. Incentive-os a ficarem juntos, mas não force brincadeiras nem espere que eles virem amigos imediatamente
- A idade dos pets influencia. Por exemplo, um cão mais velho não conseguirá acompanhar a energia de um filhote e poderá ficar agressivo. Nestes casos, tente drenar a energia do filhote antes de deixar ele chegar perto do veterano
- Por mais que se adaptem com facilidade, filhotes quase sempre estranham a chegada de um pet mais velho em casa
- Não deixe que seu pet se sinta ameaçado com a chegada de um novo animal. É ideal preparar o cachorro ou gato para a chegada de um novo bicho
- Antes da mudança do pet, leve um objeto do novo integrante para casa, como um pano com cheiro do animal, brinquedos ou até a cama. O cheiro ajuda o morador mais velho a se preparar para a chegada de um novo morador
- Deixe o novo integrante da casa isolado nos primeiros dias e dobre a atenção se o primeiro pet rosnar e/ou ranger dentes
- Brinque com o pet mais velho perto do mais novo. Bolas de papel são mais indicadas para gatos e, bolas de borracha, para os cães
- Em momentos de paz, recompense os pets com petiscos ou patês. Eles associarão bons sentimentos
- Separe os locais de alimentação dos pets - cada um deve comer ou beber no próprio pote
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Colaborou Lorenzo Seixas
Fontes: Ana Carine Nemitz Pretto, médica veterinária, e Marcelo Ilha, treinador