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Especialistas dão dicas de como evitar as pulgas e carrapatos do seu pet

Luisa Neves

Fotos: Charles Guerra (Diário)
CUIDADO: O treinador Roque (à esq.) e o criador Júlio aconselham que tutores de cães como Ghor previnam os parasitas

Indesejados, invasivos e prejudiciais à saúde dos animais e dos humanos (ninguém está livre), carrapatos e pulgas costumam dar as caras assim que os dias frios dão uma trégua. Como ficam em repouso nas temperaturas baixas, é só o sol aparecer que eles vêm com tudo e, se não forem tomadas precauções para evitá-los, podem infestar o ambiente e infernizar a vida dos pets.

Criador de cães da raça pastor alemão há mais de 25 anos, Júlio Schlatter diz que a melhor maneira de prevenir a infestação de parasitas é a higienização do ambiente. Tutor de 11 cães, ele conta que aproveita a água que sai da máquina de lavar para higienizar os canis duas vezes ao dia. Com o campeão Ghor Vento Simon, 9 meses, bem como com toda a matilha, a prevenção contra pulgas e carrapatos estende-se à alimentação.

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- Nunca tivemos infestações em nossos canis. A alimentação também influencia. Incluo cenoura ralada misturada com guisado de músculo na dieta dos animais. A receita serve para deixar o pelo mais forte e avermelhado, o que também afasta os parasitas - indica o criador.

Treinador de cães, Roque Colognese diz que quanto mais rigoroso o inverno, menos intensa será a proliferação dos parasitas quando o calor chegar. Ainda assim, ele diz que pulgas e carrapatos ficam em repouso, à espera do hospedeiro. Aos tutores, ele orienta que, para não correr riscos, o ideal é correr na frente, desinfetar a casa e deixar a grama baixa já no início da primavera.

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Médica veterinária, Rúbia Zancan concorda com o treinador. Ela explica que assim que as temperaturas sobem, os parasitas aparecem, principalmente depois de muita chuva ou umidade:

- No mercado pet há inúmeros produtos para evitar e terminar com a proliferação de pulgas e carrapatos. A parasitose faz mal aos animais. Tratar com antecedência e atentar para a manutenção do pelo é essencial.

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PROLIFERAÇÃO
Os cães são as principais vítimas de parasitas. Os gatos também podem ser contaminados, mas é bem mais difícil, já que os felinos cuidam da própria higiene diariamente. Segundo o treinador, no inverno, pulgas e carrapatos levam cerca de 140 dias para se reproduzir. No calor, 10 dias e, às vezes, até uma semana já são suficientes para o início das infestações. Como se alimentam de sangue, se não encontrarem um hospedeiro, os parasitas terão vida curta. 

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Pulgas alojam-se em ambientes secos. Galpões, frestas, porões e pisos em madeiras são os mais propensos a se tornar esconderijos dos parasitas, bem como lugares com acúmulo de livros, revistas e jornais. Em alguns casos, podem tomar conta de colchões e travesseiros.

CONSEQUÊNCIAS
De acordo com Rúbia, a anemia é a principal doença decorrente da infestação de pulgas e carrapatos. Ela explica que a pulga é o principal hospedeiro de vermes, cujas espécies mais comuns são o Dipylidium caninum, que, quando liberados no aparelho gastrointestinal, desenvolvem-se no intestino de cães e gatos, dando origem às tênias: 

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- Já o carrapato transmite a erlichiose, doença infecciosa que acomete o sistema sanguíneo e, se não tratada, destrói as hemácias. A gravidade desta infecção pode variar em aguda, intermediária e crônica.

COMO ELIMINAR
Rúbia alerta para nunca arrancar o carrapato do animal. Como ele tem uma "boquinha" que fica presa no pet, o puxão pode machucar e causar infecções. 

- Quando o carrapato cresce no corpo do animal, cria uma "bolsinha" cheia de ovinhos. Se o carrapato for simplesmente jogado no ambiente, são dezenas e até centenas de novos carrapatos que logo estarão no mesmo ou em outro hospedeiro - alerta a médica veterinária.

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No entanto, ambiente limpo, higienizado e dedetizado pode prevenir ou resolver o problema, segundo Colognese:

- Se o local onde os animais vivem estiver livre de parasitas, será mais fácil impedir que sejam hospedeiros, principalmente com frequência.

Mas é preciso ter cuidado com a dedetização do ambiente para não intoxicar animais e pessoas. Segundo Rúbia, é imprescindível aplicar produtos específicos ao local e ao tamanho e idade do animal.

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- Embora o mercado ofereça inúmeras opções de sabonetes, xampus, loções, comprimidos, ampolas, entre outros produtos, para eliminar parasitoses, vale a precaução. Consulte sempre um médico veterinário antes de medicar o pet - recomenda a especialista. 

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