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Casas comunitárias para cães de rua geram polêmica na cidade

Foto: Renan Mattos (Diário)
Casas comunitárias no trecho são aprovadas por membros de grupos de defesa animal da cidade

Presentes há algum tempo em um ponto da Avenida Rio Branco, casinhas comunitárias para cachorros de rua têm gerado polêmica. Enquanto alguns defendem o uso das mesmas para proteger os bichinhos, outros dizem que elas estimulam o abandono de animais. Entre moradores, associações cuidadoras de animais e profissionais, há diferentes opiniões.

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Fundada em 1987, a União Santa-Mariense de Proteção aos Animais é um dos grupos de defesa animal mais antigos de Santa Maria. Hoje, longe do seu apogeu, a União é levada adiante por poucas, mas dedicadas voluntárias. Uma delas é a professora aposentada Vera Mary Schwartz Resende, 79 anos. Efusiva nas ações sociais, Vera se responsabiliza por cuidar, diariamente, dos cães comunitários do Calçadão Salvador Isaia e do entorno do Bairro Centro. Além de alimentá-los, Vera ajudou a implementar as casinhas comunitárias que foram recentemente instaladas na Rio Branco.

- A cidade trata os bichinhos melhor, hoje. O comércio se mobiliza para ajudar os animais. Eu mesma cuido dos bichinhos porque é o certo. Eles têm um horário biológico para se alimentar e eu tenho que obedecer, senão, não os encontro na rua - conta Vera, que já fez a encomenda de outra casinha, para ser instalada ao lado das quatro disponíveis.

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Uma das maiores críticas recebidas dá conta da segurança dos animais. Entidades locais argumentam que os animais correm riscos vivendo na movimentada Rio Branco. Na opinião da voluntária, a questão é mais profunda do que isso.

- Faz dias de muito frio na cidade, e os pets precisam de lugares para ficar. Colocávamos caixas para os eles se abrigarem. Alguns donos de empreendimentos não gostavam e tiravam. Os animais têm consciência para atravessar a rua e alguns se locomovem de modo mais inteligente que humanos. Apesar disso, cães mais novos podem ser um problema - explica.

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Vera se orgulha em ver o aumento no número de grupos da causa pet em Santa Maria. Hoje, existem ao menos quatro em Santa Maria - Projeto Quatro Patas, Clube Amigos dos Animais, SOS Bichos de Rua e Somos Pet. Ela diz que seu coração se aquece quando passa pelo seu tão adorado Calçadão e vê animais acolhidos dentro de estabelecimentos comerciais.

O Diário tentou entrar em contato com a prefeitura sobre o assunto, mas, até o fechamento desta edição, não obteve resposta.

OPINIÕES 
O Diário foi atrás da opinião de protetoras de animais da cidade. Confira o que elas disseram:

Andréa Brasil, do grupo Somos Pet

"A ideia é muito bem-vinda, desde que os moradores se responsabilizem pelos cuidados desses animais. Não adianta só colocar a casa, é preciso dar água e alimento. O Somos Pet apoia as casas comunitárias. Apoiamos a ideia e nos oferecemos a colaborar com avaliação e castração dos animais, se necessário"

Sonia Adolfo, do grupo SOS Bichos de Rua

  • "Acho maravilhoso quando todos fazemos um pouco. Desse jeito, seremos todos mais felizes. Acho que cada quadra devia ter seu cão comunitário, castrado, vacinado e cuidado pelos moradores. Evitaria, assim, muito abandono e seria um grande avanço na bondade coletiva"


Cynthia Pereira Soares, do Projeto Quatro Patas

"Nós somos favoráveis às casinhas comunitárias. Sabemos que existem vários animais vivendo em situação de rua em Santa Maria e que muitos não encontram lares temporários ou definitivos. Desse modo, é importante que tenham um abrigo, mesmo que na rua. Claro que existe uma preocupação pelos riscos de maus-tratos e atropelamento, mas os cães comunitários do centro da cidade são felizes e bem cuidados por protetores independentes e alguns estabelecimentos do Calçadão"


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