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Casal de Santa Maria investe em artesanato com lacres de latinhas

Luisa Neves

Foto: Lucas Amorelli (Diário)
Com lacres e latinhas, eles fazem artesanato para conseguir recursos para a construção da casa

Bolsas, cortinas, bonecas, tapetes, colchas, guardanapos, capa para garrafa térmica e jogos de banheiro. Tudo produzido com linha, barbante e lacres de latinhas de refrigerante. E, se alguém pedir, eles fazem muito mais: pintam, bordam e costuram. É assim que a aposentada Geneci Moraes Borin, 64 anos, e o marido, Celso Tarcisio Borin, 59 anos, encontram um jeitode aumentar a renda da família. 

Tudo começou quando eles trabalhavam em um local próximo à praia, no Estado de São Paulo. Para Geneci, tempo e material não podem ser desperdiçados. Nas mãos dela, tudo pode virar um trabalho bonito e rentável.
- Naquela época, éramos caseiros de casas de praia e achávamos um absurdo ver tantas latinhas jogadas na areia. Além de prejudicar a natureza, o material jogado era um desperdício.

Pensei em alguma maneira de transformar aquela situação em algo positivo. Então, começamos a juntar lacres e não paramos mais. Aprendi a fazer crochê e, logo, começamos a vender - conta a artesã.
Geneci lembra que as primeiras produções foram presenteadas aos amigos que indicavam o trabalho a pessoas que viraram clientes fiéis. Para dar conta das encomendas, a idosa precisou de ajuda. Foi aí que o marido também se tornou um artesão de mão cheia.
- No início, quando ela quis me ensinar, eu resisti. Pensei que era difícil e demorado fazer crochê. Então, acabei me machucando e fiquei 45 dias com a perna imobilizada. Fiz do incidente uma oportunidade de aumentar nosso orçamento e ter uma nova profissão. Adorei fazer crochê e não parei mais - afirma Borin. 

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O EMPREENDIMENTO

Segundo o agora artesão, a venda de artesanato traz uma colaboração significativa para as despesas da família. Porém, há altos e baixos, como encomendas que não são retiradas ou falta de pagamento.
Para Geneci, cada venda significa um pouco mais de material para a construção da casa que eles iniciaram há dez anos.
- Como todo trabalho informal, não temos garantia de que neste ou naquele mês iremos vender mais. Mas não pensamos em desistir. Adoramos trabalhar com material reciclável, e tudo o que produzimos, vendemos. Sem contar que gostamos muito de presentear amigos e familiares com o nosso artesanato - diz ela.
Para produzir uma colcha de cama de casal, Borin usa, aproximadamente, 3 mil lacres que são recolhidos por eles e doados por amigos e clientes. Geneci lembra que, na época em que se consumia muitos cartões telefônicos, chegou a fazer bolsas com o material. Segundo a artesã, as peças faziam muito sucesso.

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A operadora de caixa Rosângela Rodrigues de Moraes, 48 anos, virou cliente assim que ganhou um presente produzido por Borin e Geneci. Ela conta que a casa dela é toda decorada com artesanatos produzidos com material reciclável, como cds, pets e lacres de latinhas. Para incentivar os empreendedores, ela faz encomendas para presente e indica para outras pessoas.
Já a secretária Patrícia de Oliveira Portela, 36 anos, conheceu o artesanato de Borin por curiosidade. Vizinha do casal, ela observava a maneira minuciosa com que ele revestia as latinhas, até que encomendou as primeiras peças e tornou-se cliente assídua.
- É um trabalho exclusivo, diferente de tudo o que tinha em casa. Eles são caprichosos, e o preço é acessível. Já tenho jogos de banheiro, porta panos de prato e bonequinhas feitas por eles. Vale a pena - recomenda a cliente.

COMO ENCOMENDAR
Interessados em adquirir os produtos feitos por geneci e Celso Borin devem entrar em contado pelos telefones (55) 3213-2552 ou 98426-2527  


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