data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)
O transporte coletivo de Santa Maria amargou mais um mês de queda expressiva no movimento. Em setembro, teve redução de 65% no volume de passageiros transportados em relação a 2019 - reduziu de 2,452 milhões de usuários em setembro de 2019 para 869 mil no mês passado. Mas para alguns tipos, como estudantes, chegou a ter queda de 92% (caiu de 452 mil para 36 mil). Já o total de pagantes caiu de 643 mil em setembro de 2019 para 276 mil no mês passado. Os passageiros com vale-transporte reduziram de 705 mil para 376 mil (-46%) no mesmo período. No caso de diaristas e empregadas domésticas, o volume transportado caiu pela metade, de 43 mil para 21,6 mil. As gratuidades baixaram de 551 mil para 137 mil (-75%). No país, o setor de transporte foi o quinto mais impactado pela pandemia.
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Segundo Edmilson Gabardo, diretor da Associação dos Transportadores Urbanos (ATU), de agosto para setembro, não houve variação do volume de passageiros. Ou seja, mesmo que outros setores tenham tido retomada, nos ônibus, isso não foi sentido.
Além dos reflexos da pandemia, o transporte coletivo vem sentindo cada vez mais a concorrência com aos veículos de aplicativos. Até porque cada vez mais gente se acostumou a andar de carro de apps, até mesmo em função do medo de contaminação do coronavírus.
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Segundo Gabardo, algumas empresas de ônibus tiveram de demitir mais funcionários ultimamente e seguem acumulando prejuízos. A esperança de aliviar as perdas é a aprovação de uma lei, que depende agora do Senado, que prevê um repasse bilionário para o transporte coletivo em todo o país. A estimativa é que, para Santa Maria, sejam repassados R$ 8 milhões, se a medida passar no Congresso. Para Gabardo, se o dinheiro vier, ajudará as empresas a pagar as dívidas, inclusive com impostos federais.
- O ônibus é o SUS da mobilidade. Terá de haver uma discussão para o subsídio (governo bancar parte do custo) do transporte coletivo no país, senão, ele vai quebrar, assim como aconteceu com muitos hospitais filantrópicos que abandonaram o SUS - diz.