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Divulgação/Acima, a partir da esq., estão Michel (da startup CropsTeam), o embaixador nigeriano Muhammad Makarfi Ahmad, a secretária da embaixada Yvonne, o conselheiro sênior da embaixada Labaran, o coordenador da equipe de pesquisa FieldCrops, Alencar Junior Zanon, e o representante da Nigéria no RS Evaldo
A startup Crops Team, criada em 2020 na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), que já vinha atuando com clientes aqui no Estado, conquistou seu primeiro cliente internacional. Na quinta e na sexta, a empresa recebeu a visita do embaixador da Nigéria, Muhammad Makarfi Ahmad, e fechou parceria para atender um grande cliente no país africano. Os agrônomos formados na UFSM vão prestar consultoria e assessoramento para uma grande beneficiadora de arroz do norte da Nigéria, que além de indústria, quer ampliar a produção do grão no país africano para suprir a falta do alimento, que precisa ser importado.
Segundo um dos fundadores da Crops Team, Michel Rocha da Silva, essa empresa nigeriana já investiu na instalação de pivôs central de irrigação em 4 mil hectares de lavouras e vai contar com o apoio da empresa santa-mariense para determinar variedades de arroz e toda a tecnologia a ser empregada para aumentar a produtividade. Como lá faz calor o ano todo e só chove cerca de 500 milímetros em 12 meses, não é possível plantar arroz irrigado como aqui no Rio Grande do Sul, em que ele fica com uma lâmina de água em cima do solo. Será usada alguma variedade de sequeiro (plantado sem lâmina de água), mas irrigado pelos chamados pivôs, como os usados aqui no Estado para a soja e o milho. A vantagem é que, devido ao clima da Nigéria, é possível plantar três safras de arroz em um ano, e duas safras no ano seguinte. Aqui no Estado, é uma safra só por ano. Silva diz que será o primeiro agrônomo da empresa a viajar para a Nigéria, em data ainda a ser definida por causa dos embargos provocados pela pandemia. O trabalho será feito pelos próximos 5 anos.
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A Crops Team foi criada em janeiro de 2020 pelos formados em Agronomia pela UFSM Michel Rocha da Silva, José Eduardo Minussi Winck e Eduardo Lago Tagliapietra, e funciona na Agência de Transferência de Tecnologia (Agittec) da UFSM. Agora, o cientista de computação Romulo Pulcinelli Benedetti, também formado na UFSM, está entrando na sociedade e implantará aplicativos e plataformas digitais para atender melhor os clientes. Além disso, já tem seis pesquisadores bolsistas, sendo 3 do CNPq.
- Trabalhamos com pesquisa, consultoria a agricultores e uma nova forma de consultoria, para grupos de agricultores, com orientações e troca de experiências. Temos muitos clientes na Fronteira Oeste, como em Alegrete, Itaqui e Manoel Viana, o que abrange uma área total de 15 mil hectares de soja, além de Barra do Ribeiro e Cristal. E agora teremos também em São Sepé e Formigueiro. Serei o primeiro a ir para a Nigéria, mas depois irão outros também para começar a produção nessa área do zero - contou Silva.
Essa negociação entre a startup e a empresa nigeriana foi fechada durante visita do embaixador da Nigéria no Brasil, Muhammad Makarfi Ahmad. Na quinta-feira, ele teve também reunião com o reitor Paulo Burmann e ressaltou a vontade de firmar uma colaboração com a universidade.
- Existem áreas que a UFSM se destaca e que podemos nos fortalecer. Na Nigéria, temos universidades que querem alcançar o mesmo êxito da UFSM. Podemos pensar em treinamentos e parcerias conjuntas - afirmou o embaixador.
A comitiva nigeriana foi conhecer também duas empresas do setor do agronegócio na cidade, a de pesquisa de arroz Agrum e a fábrica de implementos agrícolas Agrimec.
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