Deni Zolin

Novos pedágios na RSC-287 estão cada vez mais perto de virar realidade

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Nesta terça-feira, às 18h, o governo do Estado fará o anúncio dos detalhes finais do edital da concessão da RSC-287, entre o trevo do Aeroporto de Santa Maria e a BR-386, em Tabaí, que deve ser assumida pela iniciativa privada em 2021. A previsão é que o edital, com todas as regras e detalhes oficiais das obras e prazos, seja publicado no Diário Oficial do Estado de nesta quarta-feira.

A partir daí, estará aberto o prazo para a realização do leilão na Bolsa de Valores de São Paulo. Ele deve ocorrer em 18 de dezembro, quando as empresas interessadas irão das os lances e vencerá a que apresentar o menor valor da tarifa. No edital, o preço máximo deve ser de R$ 7,37 para carros, mas o Estado projeto uma redução de 20% a 25% na disputa no leilão, o que poderia reduzir a tarifa para R$ 5,50. Apesar de parecer algo ainda distante, a concessão está, agora, cada vez mais perto.

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Se tudo correr conforme a previsão do Estado, nos primeiros meses de 2021, a concessionária assumirá os 204 km da rodovia e a cobrança das duas praças de pedágio da EGR, fazendo inicialmente a recuperação de todo o asfalto e da sinalização, nos primeiros 12 meses. Essa será a primeira vantagem aos motoristas, pois hoje a rodovia enfrenta vários problemas.

As três novas praças de pedágio só começarem a cobrar a partir do 2º ano da concessão, o que deve ser em 2022, e as duplicações de trechos urbanos e terceiras faixas ocorrerão no 3º e 4º anos. Já a duplicação de toda a rodovia, de Tabaí a Novo Cabrais, será entre o 6º e o 9º anos, até 2029, e de Novo Cabrais a Santa Maria, do 19º a 21º anos da concessão - pode até sair antes, mas só se o volume de tráfego atingir uma meta definida no contrato.

O PRIMEIRO PEDÁGIO DA REGIÃO
Curiosamente, não é a primeira vez que Santa Maria terá praça de pedágio. Em 30 de agosto de 1889, por ato do conselheiro Gaspar Martins, foi instituída a cobrança de pedágio na estrada entre Santa Maria e São Martinho da Serra para cobrir os gastos de melhorias feitas na via, que foi alargada, segundo livro de Pedrazzi e Costa (1999). Na época, só tropeiros e sinuelos eram isentos de tarifa. O preço variava de 40 réis, para cavalos, suínos e ovinos, até 1 mil réis, para carretas, carros, diligências e ônibus. Essa mesma estrada serviu, séculos atrás, de caminho entre a Campanha e as Missões, onde ficavam as reduções de índios e padres jesuítas.

Chama a atenção também que, 121 anos depois do início da cobrança do pedágio, a estrada segue de terra. Apesar de várias promessas de outras gestões no governo do Estado, o asfalto nunca saiu do papel.

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