Deni Zolin

Em 12 meses, arroz subiu 118% ao produtor

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Apesar de uma série de fatores ter provocado alta expressiva do arroz e da soja este ano, os produtores rurais só estão tendo agora um alívio em relação aos preços. É que, até o ano passado, os agricultores, principalmente de culturas como o arroz e trigo, enfrentavam valores que nem cobriam todos os custos da produção - muitas vezes, ficavam no prejuízo direto ao fim da safra, mas em outras, não conseguiam guardar dinheiro para cobrir a depreciação de máquinas e renovar o maquinário, que é bem caro - prejuízo indireto.

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Para ter uma ideia da evolução dos preços pagos ao produtor, conferi os valores médios da saca em setembro de 2010, 2019 e 2020 e os atualizei pela inflação do IPCA para verificar se tiveram valorização real ou não. Chamou a atenção que, em nove anos, o arroz manteve quase a variação da inflação, ficando -0,7% menor do que o IPCA. Mas vale lembrar que o preço de 2010 já era bem baixo. Já a soja e o trigo se valorizaram 18% e 16% acima da inflação de 2010 a 2019. O grande aumento mesmo ocorreu nos últimos 12 meses, devido à alta do dólar, ao crescimento de exportações, à seca na safra passada e ao aumento do consumo. O arroz subiu 119% de setembro de 2019 até agora - e 118% entre 2010 e 2020.

Claro que é complicado para a população ter de pagar mais caro, ainda mais nesta época, mas na realidade, o preço do arroz ao consumidor ficou, por anos, num patamar baixo.

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DOIS LADOS DA BALANÇA
Apesar de o preço pago ao produtor ter subido 118% de 2019 para 2020, e de a soja ter dobrado de valor nesse período (veja acima), o que refletiu no preço elevado nos mercados, a Federação dos Arrozeiros do Estado (Federarroz) tem feito uma campanha comparando os preços do arroz com os de outros produtos. Claro que alguns alimentos e produtos supérfluos são bem mais caros, porém também é preciso levar em conta de que o arroz é um produto básico muito consumido, de difícil substituição.

Para as classes média e alta, o custo do arroz não interfere muito no orçamento, mas para as famílias de baixa renda, fica complicado pagar R$ 20 ou mais por um saco de cinco quilos.




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